Um grupo de professores do Departamento de Solos e Engenharia Agrícola da UFPR visitou o litoral do estado no último dia 11. O intuito foi avaliar a situação das áreas agrícolas das comunidades afetadas pelas enchentes e desmoronamentos que ocorreram em março.
O diagnóstico não é dos melhores. De acordo com o professor Marco Aurélio Machado, chefe do departamento, as encostas que desmoronaram cobriram boa parte das plantações de hortaliças, gengibre, maracujá, entre outros cultivos feitos no litoral. A terra acumulada em cima destes solos varia entre 20 cm e 1,10 m.
Segundo o professor, a retirada desse material é impossível. Os especialistas que foram para lá avaliaram o solo para sugerir novas formas de cultivo aos agricultores locais. ‘Muita coisa vai ter que mudar. A agricultura é a única forma de sustento dessas pessoas e agora elas precisam de novas formas de plantio’, avalia.
Os resultados já foram enviadas para o Emater – Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural, para que agora soluções e ações práticas sejam propostas aos órgãos responsáveis. ‘Essa visita foi feita em parceria com o Emater. Nós avaliamos e mandamos os resultados, para que eles sugiram e avaliem a possibilidade de soluções técnicas’, explica Machado.
O professor conta que, além das demandas que cabem ao Departamento de Solos, os moradores das áreas afetadas necessitam de outros tipos de ajuda. ‘Têm pessoas que ficaram extremamente abaladas com os desastres e que precisam de acompanhamento psicológico, agricultores que perderam tudo e não tem como pagar as dívidas com os bancos. Talvez sejam problemas que não nos dizem respeito, mas nós podemos ser um elo de comunicação com quem pode ajudar’, acredita ele.
Foto(s) relacionada(s):
visita de professores da UFPR às áreas atingidas pela enchente em Morretes e Antonina
Foto: pesquisadores
Fonte: Bruno Zerminiani(estagiário), com orientação de Mário Messagi Jr
