Estudante de Ciência da Computação participa de projeto e ganha prêmio em jornalismo de dados

O graduando de Ciência da Computação da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Henrique Luiz Rieger, participou de uma iniciativa que ganhou o prêmio de jornalismo de dados, Cláudio Weber Abramo. A honraria foi obtida na categoria de Inovação e Experimentação com o projeto BotPonto, um robô que monitora vídeos no YouTube para facilitar no combate à desinformação.

O BotPonto abre espaço para que redações utilizem vídeos do YouTube nas apurações jornalísticas e em pesquisas de forma mais ágil e eficiente. Foto: Arquivo Pessoal

Henrique atuou no desenvolvimento do dashboard para visualizar os dados apanhados. Esse painel de controle é uma ferramenta de gestão visual que apresenta, de forma clara e objetiva, tudo o que é preciso para monitorar a evolução dos resultados do projeto e garantir o atingimento das metas.

Segundo o jovem, essa é uma ferramenta que facilita o processo de checagem realizado pelos veículos de comunicação. “A ideia é facilitar o trabalho desses veículos, já indicando onde potencialmente se encontra a desinformação, poupando horas de trabalho desses profissionais, que teriam que assistir a vídeos ou lives muito longas para encontrar esses trechos”, disse o estudante.

Esse programa monitora uma centena de canais do YouTube, lendo transcrições automáticas e identificando potenciais trechos com desinformação acerca do processo eleitoral. O software foi desenvolvido pela equipe de tecnologia do Núcleo Jornalismo Inteligente Sobre Redes Sociais em parceria com a agência Novelo Data, e com o apoio do programa Jogo Limpo — criado e administrado pelo International Center For Journalists (ICFJ) e financiado pelo YouTube Brasil.

A partir desse monitoramento, a ferramenta tweeta automaticamente um link com o ponto exato no vídeo em que os termos foram ditos, para facilitar o processo de checagem e economizar tempo de jornalistas e pesquisadores.

O acesso ao sistema é livre e gratuito. Os próximos passos agora são escalar a aplicação e disponibilizar capacidade para outras organizações realizarem seus próprios monitoramentos.

Por Felipe Reis, sob orientação de Lais Murakami