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Pesquisadores da UFPR são premiados pela ONU

Eduardo Marone, diretor do CEM e Paulo da Cunha Lana, coordenador do Doutorado em Meio Ambiente e Desenvolvimento da UFPR integraram o grupo internacional de cientistas que produziu um trabalho sobre os ecossistemas mundiais, com diagnósticos científicos sobre degradação e medidas de gerenciamento ambiental. Segundo os jurados, o trabalho do grupo representa um marco fundamental nas ciências naturais e sociais e “demonstra que a degradação dos ecossistemas está progredindo a uma taxa alarmante e insustentável”.

O prêmio de um milhão de dólares americanos, denominado “Prêmio Presidente Sheikh Zayed’, que homenageia o ex-presidente dos Emirados Árabes Unidos – por suas expressivas dotações para o trabalho de Meio Ambiente – foi dividido com o Secretário Geral das Nações Unidas, Kofi Annan, pela sua liderança em questões de meio ambiente e desenvolvimento sustentável e, especialmente, por ter sido responsável pela organização desse grupo internacional de cientistas. Ele recebeu R$ 500 mil.

“Os pesquisadores foram encarregados de produzir a mais completa avaliação do estado do meio ambiente do nosso planeta jamais realizada, o chamado Millenium Ecosystem Assessment”, informa o oceanógrafo Paulo Lana. Denominado “Millenium” em função de que foi iniciado em 2001, quando da virada do milênio, o trabalho é muito mais do que uma publicação científica. Segunda Lana, o trabalho se preocupou em oferecer, em linguagem simples e direta, ferramentas para que os tomadores de decisão, em todos os níveis (governantes de Países, por exemplo), saibam adotar as medidas de gerenciamento ambiental mais apropriadas para cada caso.

O grupo de pesquisadores receberá um total de 300 mil dólares pela sua contribuição científica e tecnológica. Lana salientou que ao longo dos cinco anos de pesquisas um total de 1.360 cientistas – cinco do Brasil – de 95 países participaram do trabalho e para não pulverizar o dinheiro do prêmio, os pesquisadores já decidiram direcioná-lo para uma causa maior. A discussão resultou em consenso para auxiliar os países que foram atingidos pela Tsunami.

Uma causa nobre que possivelmente seja seguida pelos outros ganhadores do prêmio como Angela Cropper, presidente da Fundação Cropper, de Trinidad e Tobago, e o ex-ministro da Indonésia, Emil Salim, que compartilham os 200 mil dólares restantes, pela sua contribuição no envolvimento de diferentes organizações dedicadas ao meio ambiente.

Interessados em conhecer o trabalho podem acessá-lo na internet. ‘O documento é inovador’, segundo Lana, por representar um amplo levantamento não apenas das condições atuais dos ecossistemas terrestres – montanhas, lagos, rios, ilhas, etc. – mas por apresentar tópicos especiais sobre saúde humana, biodiversidade, alimentos, entre outros; além das previsões e das projeções que os cientistas fazem para um futuro próximo.

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Paulo Lana, oceanógrafo do CEM
Foto: Julia de Perdigão Lana

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Fonte: Letícia Hoshiguti