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FEDERAL DO PARANÁ

Pesquisa na UFPR associa tabagismo e osteoporose

Esta comprovação se deu em pesquisa inédita realizada pela professora Carolina Aguiar Moreira, endocrinologista do Serviço de Endocrinologia e Metabologia (SEMPR) do Hospital de Clínicas, numa parceria entre as Universidades de Columbia (EUA) e a Federal do Paraná. No início de outubro, a médica defendeu sua tese de doutorado que sintetiza a pesquisa de quatro anos sobre Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) e a microarquitetura do osso. As pacientes selecionadas para o estudo eram do HC, tinham doença pulmonar, histórico de tabagismo e estavam na menopausa. Essas pacientes foram submetidas a uma biópsia do osso ilíaco (quadril).

O fragmento ósseo colhido, cerca de 2 centímetros, foi enviado, primeiramente, para preparo específico no Laboratório de Fisiopatologia Renal da USP. A segunda parte da pesquisa foi realizada em Nova York, onde Carolina permaneceu por um ano como parte de um programa de doutorado sanduíche. Inicialmente, no Laboratório de Engenharia Biomédica da Universidade de Columbia, os fragmentos ósseos foram submetidos ao exame de microtomografia, exame este, ainda não realizado no Brasil. Posteriormente, a técnica de histomorfometria óssea foi realizada no Hospital Helen Hayes, em Nova York, onde a professora aprendeu a realizar a leitura de lâminas com cortes de tecido ósseo, procedimento que fornece informação sobre a estrutura, formação e mineralização óssea.

Conclusão – Segundo a pesquisadora, o estudo concluiu que as pacientes com DPOC apresentam uma estrutura óssea pior do que as mulheres saudáveis. Por outro lado, aquelas com maior exposição ao tabagismo apresentavam um osso com estrutura mais deteriorada, mostrando os malefícios do tabaco sobre o esqueleto. Até então, conforme a comprovação, existiam suspeitas de osteoporose e fraturas em DPOC tabagistas por estudos clínicos, mas, pela primeira vez, foram comprovadas através de pesquisa com material de biópsia óssea. Com essa confirmação, Carolina quer apoio, através dos órgãos de fomento à pesquisa, para adquisição dos equipamentos necessários à realizaçao das técnicas citadas e, assim, aprimorar a investigação na área de metabolismo mineral ósseo.

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Professora Carolina Aguiar Moreira
Foto: Arquivo

Fonte: Sônia Loyola