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UNIVERSIDADE
FEDERAL DO PARANÁ

Pacientes de Leucemia do HC podem ficar sem tratamento

O Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná atende, hoje, 110 pacientes em tratamento de Leucemia Mieloide Crônica que utilizam o medicamento GLIVEK, do laboratório farmacêutico Novartis. Porém, esse tratamento pode ser interrompido se o Ministério da Saúde, por meio do Sistema Único de Saúde, não pagar integralmente pelo tratamento.

Em comunicado feito pela direção do Hospital de Clínicas ao reitor da UFPR, Carlos Moreira Júnior, é colocada a situação de não pagamento do tratamento integral pelo SUS, que onera em R$ 44.129,00 mensais o Hospital. Isso significa que o SUS não paga integralmente o remédio utilizado, sem contar as custas médicas de aplicação e acompanhamento. Essa situação, se não resolvida, levará à suspensão do tratamento pela HC. Segundo o diretor do HC, Dr. Giovanni Loddo, não é possível ao HC arcar com esses custos. “O HC atende integralmente pelo SUS e não tem recursos próprios para manter o tratamento desses pacientes. Seria preciso cerca de meio milhão de reais/ano para manter esses pacientes”, explica.

Essa situação é posta apenas para os pacientes que já estão em tratamento, o que inviabiliza, inclusive, que o HC aceite novos pacientes para tratamento. Em média, três novos pacientes são aceitos para esse tipo de tratamento ao mês. “Além dessa questão deficitária no repasse de recursos temos também a intenção do laboratório que fabrica o remédio em aumentar 4% o valor pago pelo GLIVEK. Se isso acontecer, é preciso que esse repasse seja feito igualmente pelo Ministério da Saúde.”

A Reitoria da UFPR e a direção geral do HC já informaram a situação ao Ministério da Saúde . Ela também foi pauta da reunião que o reitor, o diretor geral do HC, o senador Flávio Arns e o deputado federal Ângelo Vanhoni tiveram com o secretário executivo do Ministério, Paulo Curi, no dia 06 de março. “O Ministério da Saúde precisa sensibilizar-se com essa situação. A UFPR e o HC não tem como arcar com esses recursos para manutenção do tratamento e não teremos outra solução senão interromper o tratamento. Mas isso significa a manutenção da vida de um paciente. Estamos fazendo todo o possível para contar com o apoio do Ministério da Saúde”, finaliza o reitor.

Fonte: Patricia Favorito Dorfman