“Ampliar as relações entre as universidades da Espanha, Portugal e Brasil através de atividades comuns, especificamente da pesquisa”, é uma das intenções do reitor Zaki Akel Sobrinho como presidente do Grupo Tordesillas de Universidades.
Atualmente, 54 instituições de Ensino Superior dos três países integram o grupo: 17 espanholas, nove portuguesas e 28 brasileiras. “Pretendo aumentar esse número, trazer mais universidades e membros associados durante minha gestão”, refletiu o reitor. Este ano, nos dias 11, 12 e 13 de novembro, está previsto o encontro de reitores dos países do grupo na UFPR, “porque cada presidente promove esta reunião anual na sua casa. Em 2014, será em Lisboa, Portugal”, lembrou Akel. O vice-presidente do Grupo é o português Antônio Rendas, reitor da Universidade Nova de Lisboa, que assumirá a presidência no ano que vem, de acordo com as regras do Grupo.
Segundo o reitor, um dos focos deste trabalho, no momento, é conseguir mais financiamentos para o grupo por meio das fundações de apoio, “entrarei em contato com o CNPq para tratar desse assunto, no próximo dia 20 de março, em Brasília”, considerou. Os recursos são destinados para o desenvolvimento de pesquisas e mobilidade acadêmica no âmbito dos cursos de mestrado e doutorado. “É muito importante pensarmos sobre a internacionalização do conhecimento e uma das maneiras de realizar esse intercâmbio é através de pesquisas desenvolvidas em conjunto”, observou o reitor.
Diferencial ─ Isto tem uma relação direta com o Consórcio Doutoral, tema que será tratado na UFPR em reunião com os coordenadores dos cursos de doutorado no dia 26 de março. Detalhando, o reitor destacou que esta parceria permite que pesquisadores dos países do grupo trabalhem em conjunto sobre um determinado tema. Neste caso, os mesmos podem partilhar esta atividade denominada de Cotutela e podem ainda obter uma dupla diplomação. “Justamente é esse o diferencial do Grupo Tordesillas em comparação com os demais acordos já existentes na universidade”, constatou o reitor. Sobre o tema de pesquisa eleito pelos estudiosos, o professor deu um exemplo interessante: Portugal e Espanha são fortes nas pesquisas na área de Ciências do Mar e Nanotecnologia. “Então, na UFPR temos o Centro de Estudos do Mar (Cem) que pode ser enriquecido pela escolha de um estudo em comum.”
Ousadia ─ Por outro lado, este momento impõe também uma reflexão, disse o reitor. “Todo esse processo pode ser considerado como uma outra dimensão de construção do conhecimento, é a Ciência e o Saber ultrapassando as fronteiras das universidades, dos países e da temporalidade. É uma ousadia muito positiva olharmos desta forma para um futuro que já começa a ser desenhado nestes primeiros dias do segundo centenário da nossa universidade”, finalizou.
Por Sônia Loyola
