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FEDERAL DO PARANÁ

Hospital escola: o papel da universidade em um serviço de excelência

O Complexo Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná celebra o pioneirismo e a inovação do Transplante de Medula Óssea do Hospital de Clínicas, com uma série de reportagens publicadas no portal da UFPR e do Complexo Hospital de Clínicas.

O Serviço de Transplante de Medula Óssea (STMO) é pioneiro por ter sido o primeiro a realizar um transplante de medula óssea na América Latina. A história do TMO no CHC envolve a Universidade Federal do Paraná, institutos de assistência, parceiros internacionais e milhares de pacientes curados.


Os pacientes com vidas salvas deixam mais do que a sensação de dever cumprido na equipe do Complexo Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná: eles são, também, o início de muito aprendizado para profissionais que estão em formação e, no futuro, terão a responsabilidade de transformar outras histórias com o transplante de medula óssea. “Sempre, ao longo da história dos 58 anos do CHC, houve um compromisso de todos os diretores de zelar pelo ensino, pesquisa e extensão do nosso hospital universitário da UFPR”, afirma a Superintendente do CHC, Claudete Reggiani.

É assim com Larissa da Costa que, após uma residência clínica, em Joinville (SC), fez a residência em hematologia no Hospital de Clínicas e decidiu dar continuidade fazendo residência no setor de transplante de medula óssea do HC. Formada em medicina pela PUC, ela conta que sempre se interessou por essa área e que as primeiras experiências fizeram com que gostasse ainda mais. “Comecei a me identificar com os pacientes do transplante. São pacientes graves e isso nos permite vivenciar um outro aspecto da profissão”.

Desde o ano passado, ela vive uma rotina de trabalhos, pesquisas e estudos. Além das visitas aos pacientes e discussão dos casos com a equipe do HC, toda quinta-feira ela se reúne com o professor Ricardo Pasquini, que fez o primeiro transplante de medula da América Latina. Juntos, eles debatem artigos científicos que são referência para a área. “´É uma oportunidade valiosa para discutir casos clínicos com ele, tirar dúvidas. É um momento único e nós damos muito valor para isso”, comenta.

Larissa é residente em TMO e se dedica aos pacientes da unidade (Foto: Marcos Solivan)

Um Hospital que é também sala de aula e, por isso, forma profissionais que atuam dentro e fora do país – assim é o CHC, que é parte da Universidade Federal do Paraná e cujos professores são referências em suas áreas de especialidade. Com Pasquini não é diferente: seu papel como professor e pesquisador é reconhecido nas teses e dissertações que orientou e também nos corredores do hospital.

A médica e professora Vaneuza Funke é uma dessas profissionais. Ela enfatiza que o fato de ser uma escola é um dos grandes diferenciais do CHC – e foi por conta disso que ela mesma veio para cá, logo após o fim da residência clínica, para se especializar. “É fundamental estar dentro de uma universidade pública brasileira. O espírito de ciência e de pesquisa dão excelência ao atendimento”, diz.

Para ela, que é supervisora técnica do setor, a dimensão escola e as pesquisa andam juntas. “Nós formamos inúmeros transplantadores no país. Então, isso foi fundamental inclusive para o desenvolvimento do transplante no Brasil”, comenta. O pioneirismo de Pasquini também é parte da memória desses 40 anos de ensino, pesquisa e atendimento de qualidade no HC. “Continuo orientando e fazendo reuniões com os residentes”, comenta ele.

A médica Vaneuza Funke é professora e valoriza o papel do hospital escola (Foto: André Filgueira – SUCOM-UFPR)

O supervisor médico da Unidade de TMO, Samir Kanaan Nabhan foi aluno da UFPR e teve um percurso como aprendiz na unidade, onde fez sua especialização em hematologia e transplante. Para ele, essa dimensão de ensino e de pesquisa dá uma perspectiva diferente ao trabalho, que deixa de ser somente assistencial. “Nossa responsabilidade é muito grande, com a formação dos alunos da universidade, não só os alunos da graduação, mas também os nossos residentes. E, através desse estímulo para poder priorizar o ensino e pesquisa, a gente tem conseguido manter um volume de trabalho muito importante nessa área também”, assinala.

Em um ano, Larissa da Costa será uma das profissionais preparadas para enfrentar os desafios de uma área complexa, cujos pacientes exigem atenção e cuidado pois lutam diariamente pela vida. “É desafiador superar o medo e aprender a lidar com os diagnósticos. Ao mesmo tempo, é muito especial poder lidar com pacientes que são tão gratos pelo que fazemos, mesmo aqueles que não saem curados”, afirma.

O reitor, Ricardo Marcelo Fonseca, também celebra um dos maiores feitos da UFPR, que deixou sua marca na história da medicina do país. Ciente do compromisso da universidade e do Complexo HC com a formação de profissionais, ele salienta que a UFPR se tornou uma referência sólida em ensino, pesquisa e extensão por conta do pioneirismo, da inovação e também pelo seu elo com a sociedade. “Nós temos muito orgulho do Complexo HC, da UFPR estar presente em um capítulo importante na história da medicina no Brasil e no mundo. A universidade e hospital escola são os ambientes ideais para as pesquisas, mas é certo que o espírito inovador destes professores e profissionais é que conseguiu salvar tantas vidas”.

Leia mais:

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Inovação e projeção internacional marcam trabalhos de pesquisas no serviço de transplante de medula do Complexo Hospital de Clínicas

 

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