Logo UFPR

UNIVERSIDADE
FEDERAL DO PARANÁ

Folclore do boi traz alegria e cores ao festival

Em Antonina, dançados, cantados e representados estiveram o Boi do Norte, Boi de Mamão, Boi de Guaratuba, Boi de Joinvile, o Boi Barrozo, além dos Congos da Lapa. Essas manifestações são realizadas em homenagem a São João e aos demais santos das festas juninas.

No folclore do boi todas as histórias se parecem. É o caso do Boi Barrozo, bloco carnavalesco de Antonina, resgatado em 2007 e que atualmente conta com aproximadamente 250 integrantes. Ângela Maria Pinto Siqueira, uma das coordenadoras do bloco conta o que sabe sobre o Boi Barrozo.

“É uma manifestação cultural que vem de longe, lá dos Açores, em Portugal. Foi trazida ao Brasil pelo Padre Anchieta na época da colonização”, lembra Ângela. Ao longo do tempo, os personagens principais sobrevivem: ‘o boi – figura central, pai Mateus, Maricota, o pagé a bernúncia – uma espécie de jacaré que devora criancinhas, e ainda há desdobramentos que trazem outros animais’, conta a coordenadora.

E continua: ‘era uma vez um fazendeiro que tinha uma boiada mas que gostava mais de um determinado boi porque o animal era talentoso e até sabia dançar. O dono da fazenda tinha um empregado chamado pai Mateus, que era casado com a Maricota. Ela estava grávida e em certa ocasião sentiu desejo de comer a língua do boi, aquele mesmo, o preferido do fazendeiro. Então, seu marido, pai Mateus, cortou a língua do animal e deu para a esposa comer.

Imediatamente, o fazendeiro sentiu falta do seu boi favorito e foi procurá-lo pela fazenda, mas não o achou em canto algum, relembra Ângela. Preocupado, pai Mateus trouxe o pagé, um feiticeiro e mais um médico para ‘ressuscitar’ o boi abatido. No entanto, seu esforço foi totalmente em vão, e nada fez ele reviver. De repente, sem querer, o empregado deu um toque no tambor e para surpresa de todos o boi reagiu e saiu dançando pela fazenda’, termina Ângela.

Essa bela história, contada, cantada, dançada e representada por todos os cantos do País, faz acreditar que se pode morrer e nascer de novo, perder e recuperar, como no ciclo da própria vida que se repete e repete…..

Foto(s) relacionada(s):


Boi Barroso de Antonina
Foto: Douglas Fróis


Boi de Joinville
Foto: Manuela Salazar


Boi de Mamão de Mandicuera
Foto: Manuela Salazar

Link(s) relacionado(s):

Fonte: Sonia Loyola