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Filarmônica Orquestra Show agita o quinto dia do Festival de Inverno da UFPR

Maestro Cainã Alves Filarmônica Orquestra Show – Festival de Inverno da UFPR

Talvez o espetáculo mais aguardado de Antonina, nesta terça, 18 de julho, a Filarmônica Orquestra Show subiu ao coreto da Praça Coronel Macedo e animou o público com todo seu balanço na legítima tradição das Big Bands. Canções de Frank Sinatra, Ben White, Donna Summer embalaram a noite e não faltou música brasileira como Tim Maia, Zé Ramalho e muito mais. Teve até o famoso samba do Salgueiro do carnaval de 2013, Explode Coração, e a música do momento de Luis Fonsi e Daddy Yankee, Despacito.

O grupo sob o comando do maestro Cainã Alves, é presença garantida no festival, ligado à Orquestra Filarmônica de Antonina, projeto busca aproximar a música da população com um repertório mais popular.

A banda mantém um projeto de musicalização que leva às escolas públicas da região um minicurso de iniciação à música e oferece bolsas de estudo para aqueles estudantes que se destacam. A maior parte dos músicos com idades entre 12 e 25 anos, é fruto deste projeto.

“Ele está sendo um braço da filarmônica e está incentivando mais as crianças a estudarem música, a gente consegue alcançar 1800 crianças no município e 25 delas por anos são escolhidas para ganharem bolsas de cinco anos de estudo na escola da orquestra. É uma introdução ao mundo da música e as que se interessam tem a oportunidade de começar a se profissionalizar nesta área” explica o maestro Cainã Alves.

Dayane Naeser da Filarmônica Orquestra Show (foto: Samira Chami Neves)

Durante o show a performance de Dayane Naeser, 18 anos, chamou atenção do público. A saxofonista está há três anos na orquestra e já estuda na escola de música da instituição à cinco anos. Moradora do Bairro Alto em Antonina, deu os primeiros passos na música graças ao projeto de musicalização.

Dayane também mostrou seus dotes como cantora e encantou o público com canções de Sandra de Sá, Emílio Santiago e muitas outras. 3:10 “Eu nunca imaginei que eu ia entrar na banda, eu assistia e achava muito bonito, eu tinha saído já da escola, mas minhas irmãs conseguiram entrar como bolsistas, eu levava elas e queria muito participar, até que minha mãe me matriculou.”

A saxofonista está próxima de terminar o curso e já está buscando uma posição para continuar a carreira profissional.

Kener Henrique da Silva Fernandes e Célio Vieira Neto, com 12 anos são os mais novos do grupo. Os dois percussionistas estudam a três anos na escola de música e entraram como bolsistas. No início do ano eles passaram a compor a banda principal.

“Eu via a orquestra e sentia vontade de participar, aí teve na escola o projeto de musicalização na minha escola e eu pude entrar como bolsista” conta Célio. Já Kener explica que não tinha interesse em música até ter contato com o projeto, “Eu não gostava muito de música mas aí teve as aulas na escola e eu comecei a achar legal e me interessar, e depois consegui a bolsa e hoje estou na bateria”.

Filarmônica Orquestra Show – Festival de Inverno da UFPR 2016

Luís Guilerme Leifeld é um dos mais velhos do grupo, mas tem apenas 21 anos. Figurinha carimbada do Festival de Inverno, o músico é voluntário desde criança no festival e além da banda faz parte da equipe de organizadores. Também egresso do projeto de musicalização, ele estudou oito anos na escola de música da orquestra e passou a integrar a banda principal recentemente comandando os graves no contra-baixo elétrico.

“Estar junto do grupo fez eu me soltar mais, fez eu perder a timidez e a convivência com o grupo é muito boa, é uma experiência muito boa tanto da música como de amizade” conta Guilherme que explica que a música por enquanto é apenas um hobby, ele é formado em Ciências Aeronáuticas, mas que começa a pensar em seguir carreira profissional.

João Guilerme Pinheiro Alves da Costa, de 18 anos, já faz parte da banda há 6 anos e há 8 na escola de música. Ele conta que começou a se interessar por música por influência da família “Minha irmã já tocava banda e também eu tenho tios que são músicos, eles tocam em banda militar”. O estudante, que é trompetista, diz que o projeto vem sendo importante para o amadurecimento como músico, ele começou a estudar a área já com 9 anos e pretende entrar em uma banda militar.

Cainã Alves

Se tem uma pessoa que encarna o espiríto do Festival de Inverno é o maestro Cainã Alves. Egresso da Orquestra Filarmônica de Antonina foi figura chave para a criação o projeto da banda com músicas populares, que nasceu praticamente junto com o festival.

“A Filarmônica Orquestra Show surgiu como um novo segmento pop voltado ao público jovem, na busca também de criar uma identidade para a orquestra, mas sempre mantendo sua tradição” explica o maestro.

Participante de todas as edições esteve envolvido direta ou indiretamente este ano com diversas atividades do festival. Além do espetáculo da terça-feira e das duas oficinas, fez a direção músical do espetáculo “É preciso estar atento e forte: 50 anos de Tropicália”, do Grupo de MPB da UFPR, no domingo, e do Auto de Natal Morte e Vida Severina, ligada ao Projeto Práticas musicais para a Comunidade do DeArtes da UFPR”, do qual também faz parte.

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