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Estágio foi tema de mesa redonda para alunos na Siepe

A preocupação sobre estágio na formação de estudantes foi um dos assuntos que estiveram presentes nas atividades da manhã de terça-feira (19) na Segunda Semana Integrada de Ensino e Extensão (Siepe), realizada no Campus Jardim Botânico, no Setor de Ciências Sociais Aplicadas. A mesa redonda ‘Estágio como atividade formativa’ reuniu os participantes para uma conversa sobre o papel desta atividade para os estudantes, além de analisar as mudanças na nova lei de estágio, o ponto de vista das empresas contratantes e dos estagiários.

‘Este é um momento ótimo para a reflexão sobre os estágios, uma vez que estamos com uma legislação recente sobre o assunto. Por isso, é importante uma conversa como essa que mostra o olhar do Ministério Público, o do campo de estágio, o da instituição de ensino e, por fim, a experiência dos alunos que passam por estágios obrigatórios e não-obrigatórios’, explicou a coordenadora Geral de Estágios da UFPR, Lilian Deisy Franzoni.

O evento, mediado pela coordenadora Geral de Estágios da universidade, contou com a participação do procurador-chefe do Ministério Público do Trabalho, Ricardo Bruel da Silveira, da Supervisora de RH da Renault do Brasil, Geórgia Rassi, do professor de Departamento de Enfermagem, Paulo de Oliveira Perna, além do relato de alunos da UFPR que fazem estágios.

A supervisora Geórgia Rassi explicou como é desenvolvida a atividade dos estágios na Renault do Brasil, empresa que possui 132 estagiários e que efetiva, em média, 25% deles. Segundo Georgia, a Renault trabalha com o Plano de Desenvolvimento de Competência no modelo 70-20-10 em que, durante o período de estágio, 70% do aprendizado acontece ‘on the job’, 20 % com a observação e conversas com outros profissionais e 10% com treinamentos, estudos e leitura. ‘Eu sou fã dos estagiários. Depois que os vemos crescendo na empresa e sendo promovidos, sentimos orgulho por isso’, disse a supervisora.

Durante a mesa redonda Ricardo Bruel da Silveira também explicou as alterações decorrentes da nova lei de estágio e a importância que elas possuem como atividades formativas. ‘O estágio é uma oportunidade única que o aluno tem para reconhecer os aspectos da atividade que pretende exercer e pode contribuir para a formação deste aluno’, comentou o procurador.

O que mudou com a Nova Lei de Estágio?

A Lei 11.788, conhecida com a Lei de Estágio, em vigor desde setembro de 2008, criou normas para as condições de estágio dos estudantes. Com o objetivo de definir o caráter educativo da atividade, a lei definiu normas sobre carga horária, contratos, benefícios, entre outros temas.

A Lei definiu a necessidade de compatibilidade temática entre a atividade desenvolvida e o curso do aluno, definiu disposições relativas a saúde e segurança, tornou necessário o relatório circunstancial, feito pelo alunos, acompanhados pelos professores.

A jornada de trabalho, antes da nova legislação, era compatível com a frequência escolar, o que era subjetivo. Agora, o estágio para estudantes do ensino superior deve ser desenvolvido em até cinco dias por semana (incluindo sábado e domingo), com o máximo de seis horas diárias. Esta carga horária só pode ser excedida em cursos que realizam estágios obrigatórios.

Uma das grandes novidades foi a obrigatoriedade do descanso anual remunerado. Diferente de férias, o descanso remunerado de 30 dias é concedido ao estagiário que tiver contrato de 12 meses ou mais. O estudante também só poderá estagiar na mesma empresa num período máximo de dois anos.

A programação completa das atividades da Segunda Semana Integrada de Ensino e Extensão está disponível no site http://www.siepe.ufpr.br

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Palestra reuniu alunos, professores e sociedade
Foto: Juliana Karpinski

Foto: Juliana Karpinski

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Fonte: Juliana Karpinski (estagiária), Lais Murakami (orientadora)