Estudantes de Engenharia Florestal contam com oportunidades de viagens técnicas internacionais. Esse intercâmbio é realizado anualmente, com roteiros diversos, organizados pelo professor Renato Robert, do Departamento de Engenharia e Tecnologia Florestal. Como faz há uma década, ele acompanha os estudantes a visitas a entidades de pesquisa, universidades e parques florestais.
A mais recente viagem de intercâmbio foi realizada em junho e julho deste ano, com duração de 16 dias. Conforme explica o professor Robert, a Europa é um roteiro novo na disciplina. Até o ano passado, as viagens tinham como destino Machu Pichu, no Peru, passando pela floresta Amazônica.
Em 2018, participaram 12 alunos de graduação e três doutorandos. Eles estiveram na Alemanha, Áustria e Eslovênia. Foram visitados Centros de Pesquisa, Centros de Certificação Florestal, empresas fabricantes de máquinas florestais e parques. Além disso, o grupo foi recebido em três universidades: Dresden, Freiburg e Göttingen.“Trata-se de uma intensa aula de campo, com a oportunidade de conhecer realidades e ambientes diferentes dos que encontramos aqui”, diz o professor. A atividade conta como disciplina eletiva para o curso de graduação.
Entre as atividades realizadas nos países europeus, estiveram diversas aulas com professores locais, como com o professor Hans Peter Kahle, da Albert Ludwigs Universität Freiburg numa abordagem de assuntos como a produtividade florestal na Alemanha e manejo de florestas mistas com condução a mudanças climáticas. Houve ainda visita do grupo ao Vogtsbauernhof – Museu da Floresta Negra onde foram observadas questões relacionadas a construções rurais e costumes de origem florestal em populações tradicionais da Alemanha.
O grupo teve a oportunidade de conhecer a empresa HSM, que é uma das maiores fabricantes de máquinas florestais da Europa central. Na HSM o grupo, foram recepcionados pelo dono da empresa, Felix Prinz zu Hohenlohe. O mesmo passou o dia com o grupo apresentando detalhes das máquinas florestais fabricadas em sua empresa e também com visitas nas áreas de montagem.
Na Áustria, o grupo visitou uma área de extração de madeira na região do Tirol nos Alpes austríacos onde esta operação ocorre através de cabos aéreos. Foi uma oportunidade única conhecer esta atividade que pode ter sua aplicação em regiões montanhosas do Brasil. Tudo isso apenas uma parte da intensa programação. “A viagem foi extremamente gratificante sobre todo os aspectos e seguramente o grupo da UFPR deixou uma ótima impressão nos locais por onde passou. Assim se promove a internacionalização da Universidade e também se iniciou a internacionalização dos alunos participantes desta viagem”, diz o professor Robert.
A viagem foi custeada pelos próprios estudantes, com apoio do Setor de Ciências Agrárias da UFPR.
