Novas perspectivas para a extensão universitária, avaliação da extensão e a inclusão de atividades extensionistas nos currículos dos cursos de graduação são temas do I Seminário de Avaliação da Extensão e do III Encontro da Creditação da Extensão da Universidade Federal do Paraná (UFPR) que acontecem nesta quinta (16) e sexta-feira (17), respectivamente.
O evento oferece palestras e grupos de trabalho com o objetivo de proporcionar a coordenadores de cursos e integrantes de ações extensionistas reflexão acerca destas ações na universidade. Outro importante ponto debatido é a creditação da extensão no currículo de todos os cursos de graduação da UFPR.
Em consonância com o Plano Nacional de Educação, bem como em razão de votação de resolução do Conselho Nacional de Educação sobre a obrigatoriedade de extensão no currículo de graduação prevista para outubro, o encontro é fundamental para debater os desafios dessa implantação na UFPR, as peculiaridades de cada curso e como dialogar com essa iniciativa dentro das especificidades da instituição.
“Por isso o evento traz experiências externas, de outras universidades que já estão em processo de implantação. Dados interessantes dessas universidades revelam que essa iniciativa evita o processo de evasão escolar, pois os alunos se reconhecem em sua prática”, comenta o Pró-Reitor de Extensão e Cultura, Leandro Franklin Gorsdorf.
O objetivo da iniciativa visa assegurar, no mínimo, 10% (dez por cento) do total de créditos curriculares exigidos para a graduação em programas e projetos de extensão universitária, orientando sua ação, prioritariamente, para áreas de grande pertinência social. Gorsdorf acredita que a extensão é produção de conhecimento dialogada com a sociedade em sentido amplo que muda a percepção da inserção do aluno na sua formação profissional e acadêmica.
Organizado por uma parceria entre Pró-reitoria de Extensão e Cultura (PROEC) e Pró-reitoria de Graduação e Educação Profissional (PROGRAD), o evento também discute a avaliação de projetos de extensão, verificando quais são os indicadores necessários para entender como os princípios extensionistas estão sendo executados. “Isso dialoga com uma discussão nacional a respeito dos indicadores de extensão, que influenciarão na política nacional de extensão, inclusive no financiamento das universidades”, explica o pró-reitor.
Presente na mesa de abertura do Seminário, o pró-reitor de Graduação e Educação Profissional, Eduardo Barra, reforçou que a extensão está entre as prioridades da universidade, ocupando papel no tripé indissociável ensino-pesquisa-extensão. “Essa pauta diz respeito à formação e seus currículos e, além disso, várias ações e programas abrigados pela PROGRAD estão diretamente ligados à extensão como o Programa de Educação Tutorial (PET), o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid), formação de professores, entre outros”, disse.
Segundo Barra, a educação – aliada à extensão -, a ciência e a tecnologia são os meios próprios para um projeto de país mais civilizado e justo. “Temos feito uma mudança significativa na universidade nos últimos anos, colocando cada vez mais a extensão na agenda da instituição. Precisamos completar a tarefa constitucional de consolidar a extensão no mesmo patamar da pesquisa e do ensino”.
A pró-reitora de Assuntos Estudantis, Maria Rita Assis, lembrou que a resolução sobre adoção do nome social na universidade foi resultado de um projeto de extensão. “Isso tem um impacto muito grande na inclusão. Este encontro é importante também para mostrar o que já é feito em extensão na instituição. Produção de conhecimento é feita na extensão”.
Confira a programação completa do evento.
