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Com infecção, boto resgatado no litoral morre

O animal havia sido encontrado encalhado e desidratado no balneário Eliane, município de Guaratuba. Veranistas avisaram a Força Verde e os biólogos, que garantiram o transporte do animal até a Sede do CEM, em Pontal do Paraná.

‘Com o auxílio de 20 voluntários, permanecemos 44 horas ao lado do animal, que faleceu por volta das 5h25 desta quarta-feira’, relata a bióloga Camila Domit, coordenadora do laboratório de mamíferos marinhos do CEM. ‘Constamos uma infecção no pulmão direito, mas ainda não sabemos a causa exata da morte.’

Amostras de sangue e de órgãos do boto foram remetidas para análise do Laboratório de Histologia da UFPR, do Hospital Veterinário da UFPR e também para a UERJ.

O boto era jovem, da espécie rotador (Stenella longirostris). Tinha cerca de 50 quilos e media 1,6 metro de comprimento. Desde o resgate, o animal estava instalado numa espécie de cativeiro natural. Debilitado e desidratado, ele recebeu soro no local.

‘Temos um trabalho permanente de monitoramento de animais no litoral’, afirma Camila. ‘É importante sabermos a causa da morte até para verificar se houve algum tipo de contaminação, se o que aconteceu tem a ver ou não com a qualidade do meio ambiente.’

Para a bióloga, o boto provavelmente se afastou de seu grupo em razão da sua condição física. Normalmente a espécie é vista em regiões onde a profundidade da água é de pelo menos 30 metros.

Os resultados das análises clínicas devem ficar prontos num prazo que varia de 40 dias a dois meses.

Foto(s) relacionada(s):


Resgatado em Guaratuba, boto recebe tratamento na UFPR
Foto: Secretaria do Estado do Meio Ambiente

Fonte: Fernando César Oliveira [com informações da AEN]