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Clube da dança da UFPR oferece prática orientada a toda a comunidade

Clube da dança da UFPR oferece prática orientada à toda a comunidade. Crédito: Marcos Solivan.

Meio-dia de uma quinta-feira fria no Centro Politécnico e um grupo de pessoas reunia-se na sacada do bloco de Administração, porta de entrada do campus. Não era um grupo de alunos estudando para provas, nem estavam se encontrando para almoçar. Não demorou para que o arrasta-pé começasse e para que a música invadisse o espaço. Os pares foram se formando e pouco a pouco o dia frio foi aquecido pelas muitas duplas deslizando na varanda. Era o dia da prática de forró, atividade do Clube da Dança da Universidade Federal do Paraná (UFPR).

Forró e Dança do Ventre foram os primeiros gêneros musicais praticados e, com o tempo, outros ritmos foram sendo inseridos. Samba, Sertanejo, Jazz, Zouk, Funk, Ritmos Brasileiros e K-Pop. Essa é a diversidade musical que traduz a composição do Clube formado por estudantes da UFPR. Há cerca de dois anos e meio o grupo está na ativa oportunizando o aprendizado da dança.

O presidente do Clube, Guilherme Augusto Pianezzer, conta que no início a intenção era reunir pessoas para dançar, mas como a ideia fez sucesso, o grupo começou a tomar forma e ensinar os passos de dança se tornou essencial. Pianezzer é estudante do Programa de Pós-Graduação em Métodos Numéricos em Engenharia. Como ele, a maioria dos demais participantes possui algum vínculo com a universidade.

Apesar disso, as práticas são abertas à toda a comunidade, quem quiser participar pode entrar em contato por meio da página do Facebook ou simplesmente aparecer em um dos horários dos encontros que será muito bem recebido. E ninguém paga nada, o grupo foi criado para o aprendizado, a troca de experiências e a dança, por isso as aulas são gratuitas.

Grande parte dos instrutores é formada por alunos da universidade que já dançavam em outros lugares e, como o grupo é aberto, a comunidade também tem a chance de ensinar novos ritmos. Foi o que aconteceu com as aulas de Samba, orientadas por um profissional da dança externo que se interessou e passou a ensinar o gênero. O mesmo aconteceu com o instrutor de Ritmos brasileiros que participava de uma companhia de dança no Pará e agora dá aulas no Clube aos sábados. “O grupo é colaborativo, por mais que tenha instrutores, a ideia é que todo mundo se ajude”, explica o presidente.

A professora de K-Pop, Isabela Passadore de Souza e Silva, é estudante de Química e está ensinando o ritmo pelo segundo semestre. O gênero, pedido pelos participantes, faz sucesso e lota as aulas de sexta-feira. Isabela aprendeu a dançar em um grupo cover do qual faz parte. “Eu conheci muitas pessoas no Clube. Passar esse tempo com o grupo ajuda a desestressar. Esqueço um pouco do nervosismo com as provas e com as aulas. É um momento de diversão e de descontrair que também ajuda no estudo”.

Os participantes podem frequentar quantas aulas quiserem, existem opções de dança em casal e individual e muitos praticam mais de um ritmo. “Em algumas modalidades as coreografias são diferentes a cada aula, em outras elas são sequenciadas. São ensinados os elementos básicos, os passos e, a partir daí, desenvolve-se a coreografia”, diz Pianezzer. Por isso, os interessados podem começar a dançar a qualquer momento.

Grande parte dos instrutores é formada por alunos da universidade. Crédito: Marcos Solivan.

Beatriz Zanutto Salviato é natural de Londrina e cursa Medicina, ela começou a frequentar as aulas porque já praticava Sertanejo em sua cidade. Ao conhecer o Clube, ela também passou a dançar Forró. “Antes eu sabia apenas passos decorados, nada muito sentimental. Aqui no Clube aprendemos muito a ouvir a música e a dançar o que a música fala”, revela. Segundo ela, após o início da atividade, seu rendimento na graduação também foi beneficiado. “Por incrível que pareça, agora que estou participando do clube meu rendimento tem melhorado não exatamente na questão de notas mais altas, mas na concentração e na disposição”. Nos três meses em que frequenta o grupo, Beatriz já influenciou outros estudantes de Medicina a participarem.

Já Thiago Jorge Abdo, aluno de Ciência da Computação, resolveu fazer aulas de dança para fazer bonito na balada. Dois anos depois e a balada ficou para trás, ele se interessou pela atividade e hoje pratica Forró, Zouk, Sertanejo e Samba. Até bolsista de escola de dança ele se tornou. “Ganhei muitas amizades com a participação no Clube. Também tem os benefícios do exercício físico, pois antes eu não praticava nada. Além disso, ajudou-me a diminuir a timidez”, comenta.

Segundo Pianezzer, a dança e o aprendizado são os objetivos do Clube. “Uma ideia maior é levar o pessoal a crescer na dança. Muita gente que começou no clube virou bolsista em escolas de dança e se inseriram nesse mundo. Esse é um de nossos propósitos, colocá-los, de alguma forma, para que se reconheçam como sujeitos dançantes que podem crescer nesse sentido”. O mestrando dança há oito anos e leciona em outros dois locais.

O Clube atualmente possui mais de 140 integrantes e passou a realizar mostras de dança. A segunda edição acontece no dia 4 de agosto, no Setor de Educação Profissional e Tecnológica (SEPT), e a ideia é que o evento seja semestral. “Na mostra, os participantes apresentam coreografias de todos os ritmos praticados pelo Clube”, revela Pianezzer.

 

 

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