O campus do Jardim Botânico da UFPR ganhou uma agitação diferente nesta terça-feira, 6 de outubro. Foi o segundo dia da 7ª Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão, início da apresentação dos quase 2.000 trabalhos inscritos por estudantes das mais diversas áreas. As salas do Setor de Sociais Aplicadas e o Bloco Didático da Saúde abrigaram as apresentações e o clima vigente mostrou o que a Siepe tem de diferencial: a interação entre os estudantes de diferentes áreas.
As bancas de avaliadores, formadas por professores, mestrandos e doutorandos, tinham a incumbência de avaliar de cinco a dez trabalhos inscritos nas diversas categorias – educação, comunicação, saúde, meio ambiente, entre outras. É um formato que propicia que numa mesma sessão os estudantes apresentem temas muito diferentes entre si. Nas apresentações de Iniciação Científica, a riqueza é grande também na diversidade de temas abordados dentro das grandes áreas. É uma interação impensável se não fosse o contexto dos encontros de ensino, pesquisa e extensão da Siepe.
O professor do curso de Design Ken Fonseca, participante da Siepe como orientador de alunos do Programa de Iniciação à Docência e de vários outros alunos que apresentam trabalhos na área da Extensão (Ken é vice-coordenador do Programa Ciclovida da UFPR), é um empolgado com esse clima rico propiciado pela Siepe, que consegue reunir música, desenho, atividade de museu, pesquisa sobre capim, gado leiteiro, etc. “É uma pena que a Siepe não consiga sensibilizar os alunos não envolvidos com os trabalhos”, disse, desejoso de que tanto conhecimento compartilhado pudesse ser dividido com uma comunidade ainda maior de estudantes.
Fonseca é o orientador de Alexandre Jungles, estudante do último ano do Design, que apresentou seu trabalho desenvolvido como Voluntário do Programa de Iniciação à Docência da UFPR. Formado em Geografia, Alexandre já atuou como professor do Ensino Fundamental e Médio e hoje, estudante de Design, planeja a carreira de docência na área. Na Siepe, compartilhou atividade desenvolvida em sala de aula. Apresentou a proposta utilizada em sala, na qual utilizou o desenho como auxiliar na representação de ideias, em projetos de objetos ou produto. Mostrou ao público presente como um desenho tem a capacidade de ilustrar projetos, dando agilidade de tempo de execução e reduzindo custos com modelos ou protótipos.
Enquanto isso, em outra sala a plateia presente pode conhecer trabalhos dos alunos do PET História. “Deu vontade de fazer História”, disse a estudante de Pedagogia Daniela Salsamendi. Ela atuou como monitora da sala e ficou encantada com os trabalhos apresentados e que mostraram as possibilidades que os pesquisadores da área encontram atualmente no trabalho de pesquisa sobre a história que está por trás dos objetos dos acervos.
Ivanise Dzieciol, avaliadora de trabalhos do Enaf/Enec, também saiu bem impressionada com os trabalhos. “São muito interessantes as experiências dos relatos, os alunos se mostraram muito bem preparados”, afirmou, dizendo da importância de a Siepe propiciar que se conheça o que a UFPR oferece e que muitos nem sabem. Assim como Ivanise, também os avaliadores do CNPq elogiaram os trabalhos de Iniciação Científica, e fizeram menção à qualidade e a diversidade das palestras, que trouxeram temas atuais para discussão, como as que trataram a Reflexão sobre Violências, Direitos Autorais e Questões Éticas.
A Siepe continua nesta quarta-feira com a continuidade das apresentações dos trabalhos, discussões e palestras. Confira aqui a programação.
Por Leticia Hoshiguti / PROGRAD.