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FEDERAL DO PARANÁ

Cientistas premiados pela Secretaria de Ensino Superior falam de suas experiências

São eles: os professores Nelson Augusto Rosário Filho da área de Ciências da Saúde e Antonio Sálvio Mangrich da área de Ciências Exatas e da Terra.

Uma das linhas de pesquisa reconhecida no encontro, coordenada pelo professor Mangrich, prevê inovações na área de insumos agrícolas visando os ganhos econômicos e ambientais através da aplicação de subprodutos da industrialização do xisto na agricultura. Mas o percurso do pesquisador na UFPR remonta ao ano de 1989 quando veio para o Departamento de Química, transferido da UFRJ – Universidade Federal do Rio de Janeiro. Após sua chegada foi o precursor do Programa de Pós-Graduação em Química, nas modalidades de Mestrado e Doutorado, cursos que atualmente são detentores do conceito cinco da CAPEs.

Pioneirismo – O pesquisador criou também o Laboratório Regional Sul de Ressonância Paramagnética Eletrônica e liderou o projeto de implantação do espectômetro de ressonância magnética nuclear para amostras sólidas, ambas iniciativas pioneiras na região sul. Atualmente é assessor do projeto Xisto Agrícola em São Mateus do Sul com a finalidade de viabilizar economicamente a indústria de utilização do xisto no Paraná. Nessa linha, mantém parceria de colaboração com a Universidade de Karlsruke, na Alemanha via CNPq. Com vistas ao plantio intensivo de cana-de-açucar, para produção de álcool, desenvolveu e patenteou um fertilizante de liberação lenta de potássio e nitrogênio em colaboração com a PETROBRAS.

Gratidão – Entre as demais funções que desempenha como cientista, destaca, de maneira especial o fato de “ser grato à UFPR pela oportunidade que lhe proporcionou nesses quase 20 anos de atuação”. Assim, “divido esse prêmio com meus alunos, colegas de Departamento e com os vários setores da Universidade com os quais colaboro”.

Professor Nelson do Rosário – também detentor do primeiro lugar no evento da SETI, o professor coordena desde 1977 um estudo com doenças respiratórias alérgicas como renites, asma, além de outras doenças raras – fibrose cística e imunodeficiências. “Paralelamente ao atendimento, essas atividades de pesquisa intensa são direcionadas para o conhecimento e o tratamento dessas patologias”. Explica o médico.

Mecanismo – O interesse em conhecer os mecanismos das inflamações levou o pesquisador a uma descoberta pioneira. Pela primeira vez no Brasil foi identificada uma doença provocada pelo pólen de uma gramínea chamada Azeven. Nos anos 70 algumas pessoas começaram a sentir sintomas alérgicos nos olhos e nariz, semelhante a “Febre do Feno” – doença conhecida nos países no hemisfério norte. A partir da identificação da planta, foram feitos vários experimentos que constataram a existência da “Febre do Feno” também no sul do Brasil, “constituindo um marco na história dos estudos sobre alergia no País”, completa o professor.

Pesquisa – Outro estudo inédito, datado do ano 2000, identificou a “Prevalência de rinite alérgica perene e sazonal, com sensibilização atópica ao Dermatophagoides pteronyssinus (Dp) e ao Lolium multiflorum (LOLIUM) em escolares de 13 e 14 anos e adultos de Curitiba”. A amostra somou 3.271 estudantes de 43 escolas de Curitiba. Ainda 3.041 adultos participaram da pesquisa, funcionários, médicos e alunos da UFPR. As conclusões obtidas sinalizaram a prevalência de rinite alérgica perene em 12,2 por cento das crianças e em 25,4 por cento dos adultos, considerando os sintomas nasoculares e sensibilização ao Dp – ácaro. A prevalência de polinose por gramíneas em crianças foi de 1,8 por cento e em adultos de 10,4 por cento baseada em questionário e Teste Cutâneo Alérgico para LOLIUM – Azeven.

Congresso – Em março de 2008 o professor Nelson do Rosário participará do Congresso da Academia Americana de Alergia, na cidade de Filadélfia, nos Estados Unidos, oportunidade em que apresentará o primeiro estudo epidemiológico sobre alergia realizado na América Latina.

Foto(s) relacionada(s):


Professor Antonio Mangrich e equipe
Foto: Izabel Liviski


Professor Nelson do Rosário
Foto: Izabel Liviski

Fonte: Sônia Loyola