O Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão da UFPR (CEPE) analisará, no próximo dia 25, a proposta elaborada pela Pró-Reitoria de Graduação (Prograd) do calendário de reposição de aulas para os professores que participaram da greve. Para os que não participaram, o calendário atual está mantido.
O objetivo da Prograd é que a reposição de conteúdos e dias letivos expresse o compromisso da UFPR com a qualidade do processo formativo. Também está proposta a compatibilização da reposição com o calendário para 2016, evitando prejuízos tanto aos alunos que ingressarão na Universidade no próximo Processo Seletivo (cerca de sete mil estudantes) quanto aos alunos que se formarão (cerca de quatro mil).
“Vamos garantir que a reposição seja feita com qualidade. Contudo, assim como garantimos o direito à greve ou a não participação no movimento grevista, devemos também garantir que essas pessoas não sejam prejudicadas por causa da greve”, explica a pró-reitora de Graduação em exercício, Maria Lúcia Accioly Teixeira Pinto. Em Curitiba, a greve foi pontual e heterogênea. Nos campi de Jandaia do Sul, Palotina e Litoral/Centro de Estudos do Mar (CEM), houve uma adesão significativa.
Litoral: situação específica
A Prograd está estudando uma proposta específica para os campi do Litoral do Estado. Isso porque muitos alunos da UFPR que estudam na região alugam imóveis durante o curso, mas na temporada de verão, têm que entregá-los para locação a turistas. “Ainda estamos estudando uma proposta que atenda à especificidade do Setor Litoral e do Centro de Estudos do Mar”, diz Maria Lúcia.
Nos campus de Curitiba, as aulas voltaram no dia 16.09 e nos campi do Interior e do Litoral do Estado voltaram no dia 21.09, por decisão da assembleia docente promovida em 11 de setembro, quando foi deliberado o fim da paralisação. A implantação do calendário de reposição será acompanhada pelas coordenações e departamentos de cada curso de modo a cumprir a integralização das disciplinas.
Por Aurélio Munhoz