Os cursos do Centro de Estudos do Mar, em Pontal do Paraná, do Setor Litoral, em Matinhos retomam as aulas no dia 1º de agosto, junto com o Direito, Medicina e Engenharia Mecânica/noturno. Nova discussão sobre a greve será realizada na instância máxima da Universidade que é o Conselho Universitário.
Foi constituída uma comissão encarregada de negociar com o comando de greve local o funcionamento, mesmo parcial, dos serviços considerados essenciais para os alunos como os restaurantes universitários, bibliotecas, laboratórios e transporte.
A reitoria da UFPR entrará em contato com o governo federal para pedir que os Ministérios do Planejamento e da Educação intensifiquem as negociações com a Federação de Sindicatos de Trabalhadores das Universidades Públicas Brasileiras (Fasubra). Servidores de 35 instituições de ensino estão em greve, há mais de 40 dias.
A reitoria considera que o movimento precisa sair do impasse. O momento é de desafio, mas a greve é legítima e de valorização da categoria. ‘Nós entendemos a paralisação. Chegou a hora de buscarmos um ponto de equilíbrio’, destacou o reitor Zaki Akel Sobrinho.
A decisão do colegiado pelo adiamento do início das aulas se deu por meio de voto dos representantes dos servidores, professores, alunos, aposentados e sociedade. O conselheiro Bernardo Pilotto, que defende os servidores, disse que a reunião foi positiva e de reconhecimento do movimento.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Terceiro Grau Público de Curitiba, região metropolitana e litoral do Estado do Paraná (Sinditest), Wilson Messias, disse que a decisão ‘é justa e coerente’. Na opinião dele, não haveria tempo hábil para a realização das matrículas.
O conselheiro Wagner Tauscheck, do Diretório Central dos Estudantes (DCE), alega que ‘o adiamento era necessário para garantir condições mínimas na volta às aulas’. A opinião foi compartilhada com o professor Eduardo Spinosa, do Fórum dos Coordenadores de Curso. Ele acredita que ‘o adiamento é a posição mais razoável’. O presidente da Associação dos Professores da UFPR, Luis Allan Künzle alega que o movimento ‘vai ganhar um fôlego e pode voltar a negociação com o governo’.
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Reunião contou com representantes do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão da UFPR
Foto: Leonardo Bettinelli
Fonte: Ana Paula Moraes