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FEDERAL DO PARANÁ

Caloura de Direito e amiga criam material de alerta sobre violência doméstica na pandemia

“Você já foi ou é vítima? Conhece alguma mulher que foi ou é?” – com essas duas perguntas, diretas, mas cheias de significados, a acadêmica do primeiro semestre do curso de Direito da Universidade Federal do Paraná, Nara Veiga Borges, lançou uma campanha de conscientização e apoio às vítimas da violência doméstica. Ao lado da amiga Camilly Benatti, acadêmica de Enfermagem da Universidade Positivo, ela produziu um material para ser divulgado nas redes sociais. 

O boletim está organizado em três partes : uma página em que se introduz o tema, alertando-se sobre o aumento da violência contra mulher, outra em que é possível identificar os tipos de violência e, por fim, um serviço com os números de emergência, de abrigo, denúncia e informação, com atendimentos específicos para meninas e idosas. 

Em abril, a Organização das Nações Unidas e Organização Mundial de Saúde alertaram para um aumento global de violência doméstica em razão da pandemia de covid-19. O Brasil registra um aumento de 9% de atendimentos no disque-180 desde o início do espalhamento da doença. “O ideal é que de tempos em tempos a primeira página do boletim que contém dados do aumento seja atualizada, até o final da quarentena”, explica Nara. 

Para ela, há, neste cenário, muitas mulheres que não entendem a violência que não é física como violência, além de outras tantas que desconhecem a existência de lugares em que podem se abrigar. “Mudar isso foi um dos objetivos do boletim“, disse. O material foi baseado em pesquisas realizadas na Internet pelas próprias estudantes. 

A estudante só teve duas semanas de aula antes que o calendário fosse suspenso. Caloura em uma das faculdades mais tradicionais do país, ela já costumava acompanhar os debates sobre a violência doméstica em jornais, leituras e debates no Ensino Médio, mas foi acompanhando uma live que a urgência da questão lhe tocou. O tema, intitulado “Por dentro da crise: violência doméstica e quarentena”, foi exposto pela advogada Silvia Turra. “Foi uma grande inspiração, além disso no início da quarentena eu já havia iniciado um curso do Senado chamado Discutindo a Lei Maria da Penha“, comenta. 

As informações e reflexões a motivaram a procurar a amiga para organizar o boletim. “Se eu tiver oportunidade e ideia de ajudar a criar outro projeto o faria com prazer, assim como minha amiga. A quarentena fez aumentar um número que já era preocupante, a luta precisa continuar“, justifica a jovem de 17 anos. Mesmo estando no primeiro ano do curso, ela acredita que o conhecimento proporcionado pela faculdade pode ajudar a simplificar não somente a Lei Maria da Penha, mas outras, permitindo que a população tenha acesso aos seus direitos.  


Confira o boletim (clique na imagem para ampliar e baixar)

 

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