Com um grande show na sexta-feira (22/07), certamente o mais prestigiado do Festival de Inverno, a Filarmônica Orquestra Show lotou a Rua Mestre Adriano onde foi instalado o Palco Principal. Encarnando o espírito do evento, sob o comando do maestro Cainã Alves, o grupo trouxe Alcione, Tim Maia, Bee Geez e muito mais. Teve até pout pourri de Mamonas Assassinas.
O grupo surgiu na Orquestra Filarmônica Antoninense na busca de um repertório popular que chamasse a atenção dos jovens, como explica Cainã Alves.
“A Filarmônica Orquestra Show surgiu como um novo segmento pop voltado ao público jovem, na busca também de criar uma identidade para a orquestra, mas sempre mantendo sua tradição.”
Cainã também falou da importância do festival para a cidade. “É uma semana de muita vivência cultural, com atividades e atrações que mostram pro povo o que a arte e a cultura podem trazer para a sociedade.”
Oficinas
Além do show, membros da Orquestra Filarmônica Antoninense participaram de duas oficinas programadas especialmente para os músicos. A “Prática de banda sinfônica” com o Maestro Marcelo Maganha, e “O frevo e suas linguagens” com Maestro Spok.
No sábado foi o dia das oficinas apresentarem os resultados das atividades da semana.
A primeira a se apresentar foi a “Prática de banda sinfônica”. Abriram o concerto com uma composição intercalada de um poema adaptado de São Francisco de Assis.
O grupo fez ainda uma homenagem póstuma ao carioca radicado em Antonina, José Carlos Couto, ex-presidente da Orquestra Filarmônica Antoninense, com um arranjo de Aquarela, de Toquinho. Couto figura entre os grandes nomes da cidade do litoral do Paraná, tendo sido figura chave para a orquestra.
O grupo regido por Maganha finalizou a apresentação com um arranjo especial que chamou de “Elis, Elis” com canções interpretadas por Elis Regina, como Águas de Março, de Tom Jobim, e Romaria, de Renato Teixeira.
Frevo
Na apresentação dos resultados da oficina “O frevo e sua linguagem”, maestro Spok trouxe um pouco de Pernambuco para o festival.
Entre canções como “Folião Ausente”, de Sivuca, o maestro explicou sobre as três possibilidades de expressão do frevo. O frevo de rua, o frevo canção e o frevo de bloco. Depois trouxe junto aos músicos da orquestra canções de cada modalidade.
Ao final da apresentação “Frevo diabo”, composição de Edu Lobo, que faz parte de um projeto que o grupo do maestro, Spok Frevo Orquestra, faz em parceria do músico
Em seguida, todos os músicos participantes das oficinas retornaram para finalizar o show com os dois maestros no palco, com “Vassourinhas”, de Matias da Rocha e Joana Batista Ramos, verdadeiro hino do carnaval pernambucano e talvez o frevo mais famoso no país.
Por Rodrigo Choinski