A UFPR Litoral vai sediar, de 1° a 3 de junho, a II Conferência de Alternativas para uma Nova Educação (Conane) Caiçara. O evento acontecerá em Matinhos e contará com a presença dos educadores José Pacheco, Celso Vasconcellos, Sonia Goulart, Thatyana Gouvêa, Marcos Vaz Pinto e Fernanda Pasquale.
A Conane Caiçara é uma edição regional da conferência nacional e foi realizada pela primeira vez em 2016, em Morretes. Segundo a professora Lenir Maristela da Silva – que organiza a conferência regional ao lado do professor Valdo Cavallet –, o evento tem o objetivo de integrar, dialogar, compartilhar e aprofundar conhecimentos e vivências em novas alternativas educacionais. “É uma proposição coletiva de um conjunto de educadores e educadoras que partilham do princípio da educação como um caminho de transformação e emancipação humanas. Os princípios que fundamentam esse movimento são integralidade, solidariedade, diversidade, realidade, democracia e dignidade”, afirma.
A terceira edição nacional do evento será realizada na UNB, em Brasília, entre os dias 15 e 17 de junho. Mais informações: http://conane.pro.br/
Iniciativa local
Após participarem do I Conane Caiçara, alguns estudantes de pós-graduação do Setor Litoral decidiram investir em um projeto de educação inovadora para seus filhos. Assim surgiu a Comunidade de Aprendizagem Maria da Restinga (Coamar), que oferta atividades para crianças de dois a seis anos de idade, no período da tarde, promovidas pelos pais, que se revezam por escala, uma educadora e voluntários da comunidade acadêmica.
Fernanda Pasquale, mãe de Naruê e Mainá, que participam do projeto, explica que os pais participantes do projeto precisam se envolver tanto no cuidado com as crianças como na estruturação intelectual, física e prática das atividades. “A iniciativa não é feita para aquelas famílias que querem um lugar para deixar as crianças. Aqui é fundamental a participação dos pais no desenvolvimento do projeto e no cuidado com as crianças”, diz Fernanda, que é responsável pela escala de participação DOS pais e demais voluntários. Esse envolvimento permite que, além do cuidado cotidiano, sejam ofertadas atividades como musicalização, yoga, expressão corporal, agroecologia, entre outros.
Atualmente o projeto atende dez crianças e o sonho do grupo é ampliar a oferta, estendendo as atividades até o período noturno. “a maior parte dos cursos de graduação da UFPR Litoral é noturna e muitas pessoas deixam de estudar por falta de um espaço que dê atenção às crianças nesse período”, diz Fernanda.
Além do projeto Coamar, outras iniciativas fomentam a discussão e o estudo de novas formas de educação no Setor Litoral. Uma delas é o curso de especialização em Alternativas para uma Nova Educação, que derivou do movimento brasileiro e latino-americano por uma nova educação, e a Interação Cultural e Humanística (ICH) sobre o mesmo tema, da qual estudantes de qualquer um dos cursos de graduação do Litoral podem participar semanalmente, nas manhãs das quartas-feiras.