De acordo com a estudante de Psicologia e uma das criadoras do “Arte como Refúgio”, Maria Beatriz de Souza Alverne Maia, o projeto surge da necessidade de se pautar a afirmação de um lugar social de reconhecimento para pessoas migrantes, refugiadas e apátridas. O designer Daniel Mariot e a ilustradora Amanda Guerreiro são parceiros da oficina, que terá também técnicas de psicodrama para reduzir o bloqueio da produção artística. A ideia é potencializar “uma arte desmistificada, não normativa, que favoreça o despontamento do protagonismo de pessoas migrantes, refugiadas e apátridas”.
A “Arte como Refúgio” é uma organização que surgiu em 2019 com o objetivo de conectar pessoas migrantes e refugiadas à arte e cultura em Curitiba. Além de Maia, a estudante de Psicologia Luana Lubke também está a frente da iniciativa. Ambas fazem parte do Programa Politica Migratória e Universidade Brasileira, por meio do projeto “Psicologia Migração e Processos de Subjetivação: Psicanálise e Politica na rede de atendimento a migrantes”.
Sobre a colagem
A colagem é um tipo de expressão artística que busca, a partir de materiais já existentes, compor outras imagens. Com ela podem ser feitos quadros e figuras que podem ser aplicadas em diversos produtos como capas de caderno e camisetas.
A ideia, segundo Maia, é que nesta oficina sejam criadas colagens que serão espalhadas por Curitiba através de Lambes (pôsteres artísticos colados em espaços urbanos), como forma de ocupação dos espaços da cidade, com o objetivo de dar voz à população migrante e visibilidade para esta causa.