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FEDERAL DO PARANÁ

Visibilidade e resistência: seminário promovido pela UFPR marca o Dia Internacional da Mulher

Um grupo de mulheres – e alguns homens – reuniu-se no Salão Nobre do Prédio Histórico da Universidade Federal do Paraná (UFPR) na tarde da última terça-feira (8) para participar do Seminário 8 de Março, em celebração à data que reafirma a luta das mulheres. O evento foi organizado pela Superintendência de Inclusão, Políticas Afirmativas e Diversidade (Sipad), juntamente com a Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proec) e a Frente Feminista de Curitiba.

Participaram do Seminário a vice-reitora da Federal, Graciela Inês Bolzón de Muniz, a pró-reitora de Assuntos Estudantis, Maria Rita de Assis César, e o superintendente da Sipad, Paulo Vinicius Baptista da Silva. Judit Gomes da Silva, coordenadora do Núcleo de Políticas de Comunicação e Acessibilidade Digital (Nuca), Dayana Brunetto, do Núcleo de Gênero e Diversidade Sexual (NGDC) da Universidade, Lauren Machado Pinto, professora do curso de Terapia Ocupacional e coordenadora de Apoio aos Estudantes e às Entidades Estudantis, e Lucia Helena Alencastro, coordenadora de Cultura da Proec, também compuseram a mesa de abertura.

Ressaltar e reafirmar a importância da representatividade das mulheres na sociedade e na academia foram objetivos do Seminário 8 de Março. Foto: Marcos Solivan – Sucom / UFPR

O Seminário apresentou a trajetória de mulheres estudantes, docentes e técnicas que fazem parte da UFPR, e discutiu a importância da interlocução com movimentos sociais feministas. A vice-reitora, Graciela Bolzón de Muniz, agradeceu a todas as mulheres que atuam na Universidade e ressaltou a importância do respeito para uma sociedade mais justa.

“As mulheres fazem a diferença, com qualidade na pesquisa, ensino e extensão. É com amor, compreensão e respeito a todas as diferenças que faremos a união, em prol de uma sociedade mais justa e igualitária de verdade, para todas e todos. A UFPR é uma casa acolhedora que trabalha incessantemente olhando para o futuro, mas atenta ao presente”, frisou Graciela.

Para Judit, uma das organizadoras do evento, é importante destacar as diversas perspectivas do que é ser mulher. “Existem diferentes modos de ser mulher e também diferentes modos de desigualdade. Então, a gente quer registrar que houve um avanço em relação aos nossos direitos, mesmo sabendo que ainda há muito para conquistar”.

A pró-reitora Maria Rita rememorou o processo de implementação e criação do Núcleo de Gênero na Federal do Paraná, para assistir os estudantes. “Muitos já conheceram a Sipad criada. É de extrema importância lembrar desse histórico de lutas. Hoje o nosso programa de pós traz a diversidade como um elemento central, no qual gênero e diversidade passaram a ser questões fundamentais para a construção de uma outra cultura na Universidade”. A docente fez referência ao Programa de Pós-Graduação em Educação da instituição, que conta com a linha de pesquisa “Diversidade, Diferença e Desigualdade Social em Educação”.

As participantes pontuaram, em seus discursos, a existência de mulheres negras, quilombolas, indígenas, com deficiência, brancas, trans, travestis, entre tantos outros modos de ser mulher – com diversas identidades de gênero e a intersecção de múltiplos pertencimentos. Com isso, compartilharam percepções sobre a expressão “a mulher”, em forma genérica.

As falas do evento reforçaram a importância de políticas de permanência estudantil de maior abrangência e da criação de políticas de ingresso para pessoas trans e quilombolas. As convidadas que compuseram as mesas do Seminário enfatizaram a dimensão da atuação da Sipad nos processos de inclusão e também de acolhimento contra as múltiplas formas de violências direcionadas às mulheres.

Para o superintendente Paulo Vinicius, a Universidade deve, cada vez mais, contribuir para a cidadania plena, e agir em defesa dos direitos e no combate às desigualdades sociais e de gênero, estruturais nas sociedades contemporâneas. “O Março das Mulheres UFPR têm um papel de extensão de conhecimentos que operam na chave do alargamento dos direitos das mulheres. Inclusive dos direitos relativos à participação na vida universitária de forma plena, com presença em todos os espaços. Também os de poder ser livre de todas as formas de violência”, afirma. 

Durante o Seminário 8 de Março, foi realizado o lançamento da Cartilha “Violência contra a mulher não tem desculpa. Tem Lei”. O material, que inclui contatos de redes de apoio, foi desenvolvido com a proposta de ser um canal de informação e acolhimento para todas as mulheres.

Por Felipe Reis

Sob orientação de Bruna Bertoldi Gonçalves