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Embaixador da Delegação da União Europeia visita UFPR e agenda divulgação de programa de fomento em maio

O chefe da delegação da União Europeia (UE) no Brasil, embaixador João Gomes Cravinho, visitou nesta terça-feira (27) à tarde o reitor Ricardo Marcelo Fonseca. O objetivo da visita foi propor que seja realizada para pesquisadores da universidade a apresentação do programa internacional Horizonte 2020, hoje a principal iniciativa da UE na promoção da ciência. A apresentação deve ocorrer em 4 de maio, quando Curitiba será sede do próximo encontro de embaixadores da UE no Brasil.

De acordo com João Cravinho, a intenção é aumentar a participação de cientistas da UFPR no programa, estreitando laços da UE com a pesquisa brasileira. Lançado em 2014, o Horizonte 2020 definiu no ano passado as áreas prioritárias de investimento para os três últimos anos do programa — ou seja, de 2018 a 2020. Neste período, o investimento será de 30 bilhões de euros.

André Duarte, assessor de Relações Internacionais da UFPR; Antonella Cerasino, líder do programa de Diplomacia Pública da OEI; o reitor Ricardo Marcelo; o embaixador José Cravinho; o chefe de gabinete da reitoria Paulo Opuszka; e Stefan Simosas, chefe da Seção de Política, Economia e Imprensa da delegação. Fotos: Samira Chami Neves/Sucom-UFPR

Entre elas, está a criação de infraestrutura de cooperação científica entre os países, o apoio à pesquisa básica e à que trata de problemas recentes que desafiam a humanidade, como a escassez de água e os causados por alterações climáticas e as epidemias — entre elas, a provocada pelo vírus zica, que contou com investimentos recentes do programa.

“São questões concretas que exigem a colaboração entre os cientistas”, afirma Cravinho.

O Horizonte 2020 prevê 77 bilhões de euros em investimentos na ciência. Os editais são lançados em nível mundial, em média 12 vezes por ano. De acordo com o embaixador, a delegação está empenhada em aumentar a participação de brasileiros. “Queremos nos prevenir quanto a uma falta de informação por parte dos cientistas brasileiros sobre como participar”, diz Cravinho. “Há espaço para todos, desde as Humanidades até as ciências mais puras”.

Horizonte 2020

Cravinho explica que o Horizonte 2020 é “um programa europeu, mas aberto ao mundo”. Com isso, refere-se ao fato de que qualquer universidade, centro de pesquisa ou pesquisador individual, de qualquer lugar do mundo, pode participar dos editais. As chamadas em nível mundial são uma novidade do Horizonte 2020 na comparação com outras iniciativas do gênero da UE, como o Programa-Quadro, que tem orçamentos direcionados aos países.

Assim, no evento que deverá acontecer em 4 de maio na UFPR, o chefe da Seção de Ciência e Tecnologia da delegação, Alejandro Zurita Centelles, apresentará o passo a passo para que pesquisadores da UFPR saibam como participar dos editais.

Internacionalização

O reitor Ricardo Marcelo lembrou que o apresentação vem ao encontro da participação da UFPR no Programa Institucional de Internacionalização da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), cujas inscrições podem ser feitas até 18 de abril. “Há esse grande projeto do Ministério da Educação e tem sido nossa posição a de pensar e aprofundar oportunidades de internacionalização”, disse.

O professor André Macedo Duarte, da Assessoria de Relações Internacionais (ARI) da UFPR, comentou que iniciativas do tipo ajudam a universidade a transformar a chamada “internacionalização oculta” — isto é, os laços de internacionalização que não ocorrem em nível institucional.

Outra situação comum em várias universidades, destacada pelo professor, é a “segmentação do conhecimento”. “É quando o pesquisador não sabe que o colega do lado trabalha com algo complementar às suas pesquisas”, define. “Temos um plano de quatro anos para estabelecer conexões entre pesquisadores de excelência dentro da instituição e avançar nas redes de cooperação no exterior”, afirma.