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UFPR recebe a Ferroeste e representantes de diversas instituições para proposta de parceria

O objetivo do projeto – um grande conjunto de obras e um arranjo federativo entre os governos dos estados envolvidos e o Governo Federal – é promover a integração nacional e o aumento da competitividade econômica sobretudo nos municípios do Sul do País e foi explicitado em uma reunião ainda no dia 25 de janeiro entre a ministra-chefe da Casa Civil Dilma Roussef, os governantes dos três estados e o BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.

Na ocasião, a ministra determinou ao banco a elaboração dos estudos técnicos necessários para a inclusão da extensão da Ferroeste – ferrovia pública que liga Cascavel a Guarapuava até o Mato Grosso do Sul – no PAC – Plano de Aceleração do Crescimento. Os recursos iniciais para a obra estão previstos em R$ 1,5 bilhão.

SOBRE A PARTICIPAÇÃO DAS INSTITUIÇÕES NO PROJETO – A participação das instituições do Paraná, assim como das instituições dos demais estados envolvidos, foi proposta pelo secretário de transportes do Paraná Rogério Tizzot, ainda em uma reunião em Brasília, na qual ele garantiu que as universidades e órgãos paranaenses como a UFPR, as universidades estaduais, o Ipardes – Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social e o Lactec – Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento podem trabalhar em conjunto com o BNDES e acelerar os estudos de viabilidade da ferrovia.

“O BNDES contratará consultorias e empresas para os estudos de viabilidade”, explicou Samuel Gomes, diretor da Ferroeste. “E o que nós estamos querendo é que as instituições de pesquisa do Paraná, como a UFPR, sejam colaboradoras e que, juntamente com as obras, possam ser desenvolvidas novas áreas de estudo com a identificação, inclusive, de novas demandas de profissionais para atuar no setor. A ampliação da atuação da Ferroeste deixa de ser apenas uma obra e ganha uma dimensão muito maior. A UFPR, pela sua importância, poderá nos ajudar a coordenar boa parte dos trabalhos e atuar juntamente com as outras universidades do Paraná e dos demais estados envolvidos.”

Uma primeira proposta dos trabalhos que podem vir a ser desenvolvidos pela UFPR foi entregue a Ferroeste pelo professor Mauro Lacerda, diretor do Setor de Tecnologia da universidade. Um documento mais definitivo deverá ser elaborado futuramente, uma vez que ficou acordado na reunião dessa terça-feira que o Lactec será o responsável pela intermediação e organização entre as diversas instituições interessadas em participar do projeto. “Queremos colocar uma proposta que possa vislumbrar as duas obrigações principais de uma instituição de ensino: desenvolver novas tecnologias e formalizar e consolidar esse conhecimento para que ele possa ser disseminado. A ampliação da Ferroeste poderá atuar como um grande multilaboratório para ser explorado nas diferentes áreas da graduação, pós-graduação e até mesmo nos níveis técnicos.”

“A UFPR já está dentro do projeto”, garantiu o reitor da UFPR Carlos Augusto Moreira Júnior. “As pessoas certas foram chamadas na hora certa e estão dispostas a participar. Por isso a escolha do Lactec para gerenciar essa união vem de forma acertada. Precisamos definir quem irá fazer o que e aproveitar esta grande oportunidade.”

SOBRE A OBRA – O novo corredor da Ferroeste será formado por um conjunto de trechos que irão ligar os municípios sul-matogrossenses de Maracaju, Dourados e Mundo Novo ao Porto de Paranaguá, passando por Guaíra, Cascavel e Guarapuava. Atualmente, a Ferroeste tem 248 Km e liga as regiões Oeste e Central do Paraná.

SOBRE A FERROVIA – Construída pelo governo paranaense em parceria com o Exército Brasileiro durante o primeiro mandato do governador Roberto Requião – entre 1991 e 1994 – a ferrovia custou, na época, US$ 360 milhões pagos com recursos do Estado. O objetivo era atender os produtores do Oeste e possibilitar um meio barato de escoar a produção. O processo foi interrompido quando o governador Jaime Lerner concedeu a ferrovia à iniciativa privada. Em 2003, Roberto Requião, novamente no governo, determinou à diretoria da Ferroeste a retomada do controle da ferrovia, o que aconteceu em dezembro de 2006.

NA REUNIÃO DA REITORIA – Participaram da reunião na Reitoria da UFPR representantes da UTFPR, UFGD, Ipardes, SETI, Lactec, Unioeste, UFSC, Centran/ Exército Brasileiro, CREA-SC, além de diretores e professores de diversos setores da UFPR e do reitor Carlos Augusto Moreira Júnior.

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Registro da reunião no Gabinete da Reitoria
Foto: Izabel Liviski


Samuel Gomes, diretor da Ferroeste
Foto: Izabel Liviski

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Fonte: Vivian de Albuquerque