A UFPR acaba de fechar uma parceria com o Ministério da Saúde de Angola, com a interveniência do Ministério da Saúde do Brasil, para ofertar o Curso de “Triagem Neonatal: Teste do Pezinho” para 200 profissionais angolanos.
Esta união com os profissionais angolanos é resultado da Cooperação Brasil-Angola dentro do projeto “Apoio à Implementação e Gestão de Medidas para Atenção Integral às Pessoas com Doença Falciforme em Angola”. O desenvolvimento do curso foi por meio de uma parceria entre a Coordenação de Sangue e Hemoderivados do Ministério da Saúde do Governo Federal, a Fundação Ecumênica de Proteção ao Excepcional (FEPE) e a UFPR. Uma parceria que permitiu desenvolver o curso em uma proposta inovadora para a educação de adultos (andragogia).
Desde fevereiro de 2023 vem sendo feito uma oferta para 1279 profissionais do SUS envolvidos na triagem neonatal no território nacional. E para esse momento, o curso promovido pela universidade teve a contribuição de 16 especialistas, a maioria da FEPE e da UFPR, na elaboração do conteúdo e ainda outros 15 profissionais especializados no desenvolvimento institucional para EAD. Uma modalidade que conta com o apoio de facilitadores online para cada 200 cursistas.
De acordo com Rogerio Andrade Mulinari, professor titular do departamento de Clínica Médica e coordenador geral do projeto, a demanda do Ministério da Saúde no Brasil foi devido à necessidade de capacitar os profissionais do SUS nos 26 estados e Distrito Federal. “O Paraná é o modelo de aplicação do teste do pezinho e a FEPE é conhecida nacionalmente pela excelência”. O teste do pezinho no Brasil detecta outras sete doenças além da anemia falciforme. “Esta forma de anemia é muito prevalente – comum, na população africana”, conclui.
Estima-se que 20% da população angolana é portadora e 2% é afetada pela doença e a área de saúde está entre as mais importantes cooperações entre Brasil e Angola, uma iniciativa que tem como objetivo salvar vidas.
Os cursistas angolanos serão selecionados pelas instituições do Governo de Angola: Ministério da Saúde, Instituto Nacional do Sangue e pelo Instituto Hematológico Pediátrico Dra. Victoria Do Espírito Santo, com previsão de iniciar a turma de Angola entre maio e junho remotamente.
“A Cooperação com Angola é recente e o Ministério da Saúde do Brasil nos consultou se aceitaríamos oferecer o Curso da UFPR aos profissionais de Angola, de modo a abordar a Anemia Falciforme, um problema frequente na população de origem africana e para isso, faremos ajustes no curso visando atender as especificidades de Angola”, disse o professor Rogerio Andrade Mulinari.
Durante o encontro virtual, os representantes da Angola puderam conhecer mais sobre a supervisão pedagógica do curso que está sendo feita na UFPR pela professora Marineli Joaquim Méier e a pedagoga Nathalia Savione Machado, das estruturadoras de conteúdo Professora Regina Paula Guimarães Vieira Cavalcante da Silva e Farmaceutica Mousseline Torquato Domingos (FEPE), com supervisão de TIC do professor Henrique Oliveira e Silva (UTFPR) e com apoio do Prof. Celso Yoshikazu Ishida na supervisão do ambiente virtual de aprendizagem.
Foto de destaque: Edilson Rodrigues/ Agência Senado