A Universidade Federal do Paraná, a Direção do Complexo do Hospital de Clínicas, a Superintendência da Funpar e a diretoria do Sinditest-PR assinaram acordo coletivo de trabalho para os anos 2016/2017 dos trabalhadores do HC do quadro da Funpar.
A categoria aceitou a proposta da Fundação que prevê reajuste salarial de acordo com a inflação (9,83%) para 70% dos funcionários, que recebem até R$ 2.500, e de 6% para aqueles trabalhadores que estão acima dessa faixa. Os salários reajustados já começaram a ser pagos.
Com o acordo e o fim da greve, o atendimento à população volta a ser normalizado.
O reitor da UFPR, Zaki Akel Sobrinho, destacou durante a assinatura do acordo que durante os oito anos da gestão tiveram grande consideração e todo o respeito à comunidade de trabalhadores Funpar do HC. “A cada ano, procuramos fazer o ganho real, ou seja, repor perdas históricas. Mas neste ano conseguimos apenas repor a inflação para a grande maioria dos funcionários, e uma parte teve um reajuste menor. Isso diante do quadro de crise econômica que atravessa o Governo Federal e que consequentemente prejudica a parte financeira de nosso Hospital”, afirmou.
“Nós fizemos o máximo possível em termos de negociação, e conseguimos celebrar com tranquilidade o nosso oitavo acordo coletivo de trabalho. Deixamos um legado de diálogo e respeito à entidade sindical, mas sobretudo a esses trabalhadores que sempre mereceram o máximo de atenção e respeito profissional”, acrescentou o reitor.
O superintendente do Hospital de Clínicas e Maternidade Victor Ferreira do Amaral, Flávio Tomasich, destacou que essa foi uma greve longa, mas que o bom convívio com a comissão de negociação garantiu um bom termo em um momento de crise no Hospital. “Poder ter o retorno dessa força de trabalho é muito importante para mantermos o atendimento à população. Esse acordo permite retomar as atividades o mais prontamente possível”, afirmou.
“Nós tivemos uma reunião com a presença do reitor, e foi garantido o índice de reposição de pelo menos a inflação para 70% dos trabalhadores. Nós queríamos que todos fossem atingidos, mas isso foi o possível, apresentamos à categoria, e como atinge a maior parte dos trabalhadores, os trabalhadores aceitaram, e hoje assinamos esse acordo”, disse José Carlos de Assis, coordenador-geral do Sinditest-PR.
A categoria não tinha aceitado a proposta inicial de 7% de reajuste. “A proposta foi melhorada pela Funpar, e o reitor também interveio para que a proposta fosse melhorada. Foi levada para a categoria, e como abrange a maior parte dos trabalhadores, foi aceita”, afirmou Carmen Luiza Moreira, coordenadora-geral do Sinditest e integrante da comissão de negociação.