A Universidade Federal do Paraná já está celebrando oficialmente o centenário. Na segunda-feira (19), uma solenidade no Prédio Histórico da UFPR deu início às comemorações dos 100 anos da instituição. A programação de homenagens, apresentações e lançamento de livro foi repleta de emoção.
O vice-reitor da UFPR e presidente da Comissão dos 100 anos, Rogério Andrade Mulinari, apresentou o evento como uma “singela homenagem a todos os amigos que fazem esta grande universidade que é o caminho para uma sociedade livre, autônoma, com inserção social”.
Sob a regência do maestro Alvaro Nadolny, o Coro da UFPR brindou a todos os presentes com 80 vozes ecoando obras de Arcadelt, Janequin, Brahms e Wagner. Postados entre o público, os integrantes do coro mostraram, através da música, toda a grandiosidade de uma universidade centenária.
No mês que comemora 319 anos, a cidade de Curitiba recebeu a primeira homenagem da noite. Capital que já foi conhecida como “cidade universitária”, Curitiba abriga a universidade mais antiga em atividade do Brasil e escolheu, pelo voto popular em 1999, uma instituição de ensino como seu símbolo.
O reitor da UFPR na época (1998-2002) Carlos Roberto Antunes dos Santos conta que foi “testemunha de um processo fascinante e magnífico de eleição de uma universidade como símbolo de uma cidade”. Para Antunes, a eleição do Prédio Histórico da UFPR foi “a expressão da vontade popular da sociedade curitibana e paranaense”. Ao agradecer a homenagem, o prefeito de Curitiba Luciano Ducci disse que “como cidadão e como prefeito, tenho orgulho muito grande em ter a Universidade como ícone. Prova que a prioridade é a educação”.
O jornalista e advogado Francisco Cunha Pereira Filho recebeu homenagem póstuma por sua dedicação à UFPR e pelo trabalho dedicado às causas do Paraná. Ao receber a homenagem, a filha do jornalista e vice-presidente do Grupo GRPCOM Ana Amélia Filizola contou que Cunha Pereira já vivia a Universidade desde a infância, pelos relatos do tio, o fundador da UFPR Victor Ferreira do Amaral. “Ele considerava a Universidade como a força motora que impulsiona o Paraná e a música (do Coro da UFPR) representa o que a UFPR faz aos nossos corações e almas”, completou Ana Amélia.
O vice-governador e secretário de Educação do Paraná Flávio Arns ressaltou os grandes motivos para se comemorar: “uma grande universidade, competente, de qualidade no ensino, pesquisa e na extensão. Por todos que se esforçaram e transformaram suas vidas em doação para chegar aos 100 anos da UFPR”.
Neste início dos festejos do centenário, o reitor da UFPR Zaki Akel Sobrinho falou do “papel transformador da universidade, que tem a missão de fazer transformação social, tecnológica e econômica, com cidadania”. Lembrou ainda que a comunidade universitária deve “continuar o legado deixado por outras gerações” e agradeceu a todos que fazem parte da história da instituição, em especial ao professor Ulf Gregor Baranow, “guardião do santo graal da memória da UFPR”, pelos trabalhos de pesquisa do centenário.
Como parte da programação, a Editora UFPR lançou o livro “Pensamento Jurídico Moderno e seus desencontros com a Biotecnologia”, de autoria de Rebeca Fernandes Dias. Ela integra o programa de Pós-Graduação em Direito da UFPR, coordenado pelo professor José Peres Gediel.
Todos os meses, sempre no dia 19, até a comemoração dos 100 anos da UFPR em 19 de dezembro de 2012, estão programadas atividades alusivas ao centenário.
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