UFPR homenageia docentes “cruciais” ao curso de História

Os títulos foram concedidos por ocasião dos 50 anos do Departamento de História. Cerca de 60 pessoas assistiram à cerimônia, realizada na Sala Homero de Barros, no primeiro andar do Edifício Dom Pedro I. Nos discursos, colegas e amigos lembraram a histórias dos dois professores dentro da universidade.

Para o reitor Zaki Akel Sobrinho, a importância dos dois homenageados dentro do curso de História é inquestionável. “São dois professores que deram contribuições em momentos cruciais, na estruturação da graduação e da pós-graduação”, afirmou o reitor.

O primeiro dos homenageados a ingressar na UFPR foi o professor Jayme Cardoso, ainda em 1958, como técnico-administrativo. Posteriormente, Cardoso se tornaria aluno e professor do Departamento de História, além de pró-reitor de Administração da Universidade na década de 1980.

Cardoso se disse surpreendido com a homenagem proposta pelo Departamento de História e aceita pelo Coun, um reconhecimento à história de mais de meio século dentro da UFPR. “Eu poderia ficar o dia inteiro falando da minha relação com a universidade e acho que não conseguiria dizer tudo”, previu o professor.

Hoje, apesar de aposentado, Cardoso dá aulas de semiologia gráfica como professor-voluntário, não mais no curso de História, mas na pós-graduação de Engenharia Florestal e Ciências Biológicas. “Faço isso a convite dos cursos, e apesar de não ter mais vínculos com a UFPR, é uma maneira de continuar contribuindo”, explicou.

O professor Stuart Schwartz, por sua vez, chegou à UFPR em 1984, ano em que deu aulas como professor-visitante no curso de pós-graduação de História. Mas Schwartz, que é americano e hoje dá aulas na Universidade de Yale, chegou ao Brasil pela primeira vez bem antes, em 1966, como “um estudante de pós-graduação interessado na história da América Latina”. De lá para cá, o professor publicou diversas pesquisas sobre o Brasil colonial e o período da escravidão.

“Estou emocionado. Agora entendo realmente o que isso representa, é realmente uma honra preciosa. Sinto a relevância social do trabalho que faço há 40 anos”, assegurou o professor Schwartz, referindo-se à homenagem recebida da UFPR.

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