Solução sobre a contratação de 1.200 funcionários do HC deve sair hoje à tarde

Conforme acordo firmado em 2008 pela Funpar e UFPR com o TCU, o prazo para regularizar a situação dos enfermeiros, auxiliares, médicos e pessoal administrativo que foram contratados pela Funpar, termina no fim desse mês. Mas durante uma assembleia convocada pelo Sinditest, para a manhã desta quinta-feira, a senadora eleita Gleisi Hoffmann trouxe notícias positivas para resolver a situação desses trabalhadores. Em todo o País são 23 mil servidores de 46 hospitais universitários em situação irregular.

De acordo com a senadora eleita, a definição será tomada hoje à tarde numa reunião entre os ministros do Planejamento, Saúde e Educação com o presidente Lula. A proposta que será encaminhada ao presidente Lula é a criação de uma empresa pública para gerenciar os empregados dos hospitais universitários e absorver os profissionais contratados há mais de cinco anos pelas fundações de apoio. A definição deverá ser implementada através de medida provisória. Posteriormente, a MP terá que ser aprovada pelos deputados federais e senadores, mas terá eficácia imediata.

Gleisi informou também que antes das ações legais, o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, já havia feito contato com o Ministério Público do Trabalho e estabelecido que não seria necessário demitir nenhum trabalhador das fundações em dezembro. A garantia de que não haverá demissões no próximo dia 31 trouxe um alívio para os trabalhadores.

As negociações para resolver a situação dos funcionários do HC começaram em 2008, quando o Zaki assumiu a reitoria. Em 2005, o TCU havia considerado as contratações da Funpar irregulares. ‘Sobre o processo de contratação via Funpar não há irregularidades’, explicou o presidente do Sinditest, Wilson Messias. Mas o que os auditores do TCU não aceitam é que os salários sejam pagos com os recursos repassados pelo SUS.

Para o reitor Zaki Akel Sobrinho, essa garantia de permanência dos funcionários no HC já é uma vitória. E garantiu que a Reitoria está comprometida para chegar a uma solução definitiva para resolver a situação dos 1.200 funcionários do HC e também da Maternidade Victor Ferreira do Amaral. Desde quando começou a buscar soluções para o problema, desde a sua posse, Zaki garantiu que não haveria demissões. ‘Eu vou reafirmar, aqui, o compromisso que assumi, desde o princípio, de não demitir ninguém’, disse.

Além do reitor e da senadora eleita, participaram da Assembleia, que teve auditório completamente lotado, o diretor da Funpar, Pedro Steiner, a diretora do HC, Heda Amarante, o presidente e vice do Sinditest, Wilson Messias e Antonio Néris e outros representantes da Reitoria. Assim que a medida provisória for publicada, uma nova assembleia será convocada para analisar e propor alterações, se necessário. A senadora eleita também se comprometeu em trabalhar no assunto.

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