A média dada para as políticas, normas e estímulo para o ensino, pesquisa e extensão foi seis, um pouco abaixo da nota apontada para a qualidade dos serviços realizados pelas empresas terceirizadas que ficou em 6,9.
O resultado da avaliação foi apresentado aos membros do Conselho Universitário pelo presidente da Comissão de Avaliação, professor Paulo Yamamoto. Participaram do processo mais de quatro mil pessoas que responderam 29 questões, sobre a estrutura física, qualidade de ensino, programas de extensão, corpo docente e funcional. É com base nestes dados que a próxima gestão poderá se basear para determinar novos programas, segundo o coordenador do processo.
DESCONHECIMENTO – Em várias questões os entrevistados demonstraram desconhecimento como os cursos a distância, por exemplo. 44,6% disseram que não sabem em que áreas existem e como são ofertados. 33% afirmaram que não sabem sobre os programas de divulgação dos cursos e a maioria afirmou que não conhece resultados das pesquisas, mesmo que reconheça o incentivo da instituição para o desenvolvimento científico. Quanto a preocupação com o meio ambiente, 45% disseram que não conhecem o programa de gerenciamento de resíduos, mas entendem que o projeto é necessário e adequado.
INSATISFATÓRIO – As estrutura física da UFPR foi considerada insatisfatória para o acesso de portadores de necessidades especiais. Também o acervo e instalação das bibliotecas e os laboratórios foram definidos como insuficientes pela maior parte das pessoas que preencheu o questionário. Sobre o processo de cotas sociais e raciais, 60,7% discordam, afirmando que não atende à demanda da comunidade. Mais da metade, 51,7% também afirmaram que não concordam com o processo de organização e de gestão da Universidade. A pesquisa mostrou ainda que a comunidade universitária reconhece a necessidade de mais servidores e que mais da metade, 60% dos atuais, não cumprem o horário de trabalho estabelecido.
A política de atendimento aos estudantes recebeu nota 6,5, o que mostra que a UFPR está seguindo no rumo certo, na avaliação da comissão que coordenou o processo. Outro dado que chama a atenção é a necessidade de políticas de integração entre a graduação e a pós-graduação, já que a média dada para este quesito ficou abaixo de seis. De acordo com a secretária executiva de Avaliação Institucional Bernardete do Rocio Pieper, “em geral a UFPR foi bem avaliada, mas sinalizou muitas ações que podem ser aperfeiçoadas no processo administrativo, principalmente em relação à comunicação.” As pessoas mostraram a importância e necessidade de acompanhar as decisões.
O próximo passo será uma avaliação segmentada do processo por curso e por setor, segundo Bernardete. A recomendação do grupo que coordenou o processo é que a avaliação seja realizada a cada dois anos, como pede o Ministério da Educação.
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Detalhe da fachada do Prédio histórico
Foto: arquivo ACS
Fonte: ASCOM
