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REUNI na pauta de discussão da comunidade acadêmica

A reunião que aconteceu na Sala dos Conselhos, na Reitoria da UFPR, já havia sido agendada em encontro anterior e serviu para que todos informassem sobre o andamento das discussões que estão sendo feitas pela comunidade acadêmica sobre o REUNI.

Proposta do Governo Federal / Ministério da Educação para promover a reestruturação e a expansão das universidades públicas brasileiras, o REUNI propõe metas a serem atingidas pelas instituições participantes, em contrapartida ao investimento proposta já para 2008 e pelos cinco anos previsto para a execução do programa.

As metas propostas pelo MEC são, basicamente, a conquista de 90% de diplomação dos estudantes e a atuação de um professor para cada 18 alunos da universidade. Metas que devem ser alcançadas em cinco anos e que garantirão 20% de aumento no orçamento global e recursos na ordem de R$ 2 bilhões a serem divididos proporcionalmente entre as instituições participantes.

Segundo o pró-reitor de Planejamento, Orçamento e Finanças, professor Paulo Tetuo Yamamoto, 20% sobre o orçamento da UFPR representam cerca de novos R$ 100 milhões a serem investidos integralmente na instituição. Mas, para darem conta das metas, as IFES, por meio da ANDIFES, solicitaram ao MEC que uma parte dos recursos sejam investidos já, para dar suporte as ações propostas. ‘Assim, já estão garantidos dos R$ 2 bilhões, R$ 24,5 milhões para a UFPR entre 2007/2008, se a instituição aderir ao programa’, explica o pró-reitor.

Dúvidas – Nas discussões que estão sendo promovidas nas reuniões setoriais o debate tem apresentado posições favoráveis e também contrárias a adesão da Universidade ao REUNI. A principal dúvida é a garantia efetiva de que os recursos serão realmente alocados. Para a pró-reitora de Graduação, professora Rosana de Albuquerque Sá Brito, o que será acordado entre o Governo Federal e as IFES é um contrato. ‘Se o Governo Federal não cumprir sua parte de repassar recursos as IFES não têm obrigação de cumprir as metas propostas’, afirmou.

Para o reitor Carlos Moreira Júnior o Governo Federal está oferecendo condições para que as IFES digam o que precisam para cumprir as metas – se é contratação de professores e técnicos-administrativos, construção de salas de aula e laboratórios, e recebam esses recursos. ‘Temos, agora, a proposta de crescer com recursos, conforme as necessidades da instituição. A comunidade acadêmica tem buscado a muito tempo a expansão do ensino público superior e temos a chance, agora, de crescer de forma estruturada. O que o Governo nos pede é melhor eficiência em nossas atividades, oferecendo condições para que isso aconteça. Por isso, não compreendo que determinados segmentos da comunidade acadêmica vejam o projeto com desconfiança, usando como argumento a falta de tempo para mais discussões’, expôs.

Propostas – Muitas propostas estão sendo debatidas nas plenárias setoriais, como no Setor de Tecnologia que estuda a expansão por meio da criação de cursos noturnos (como Arquitetura e Mecatrônica), além da reestruturação dos cursos tradicionais para combater a evasão e promover uma maior diplomação. ‘A Engenharia Mecânica é um curso que estuda ampliar as vagas no período noturno, mas para isso precisará de investimento em laboratórios, melhorando inclusive o curso diurno’, esclarece o diretor, professor Mauro Lacerda. Outra proposta do Setor é uma parceria com a Escola Técnica da UFPR para levar informação sobre os cursos do Setor aos alunos do Ensino Médio, fazendo uma relação entre a graduação e o ensino médio, uma dos objetivos do REUNI.

No Setor de Humanas as discussões estão acontecendo e existem movimentos que estudam o aumento de vagas em opções do curso de Letras, a criação do curso diurno de Turismo, das pós-graduações nos cursos de Psicologia e do Departamento de Comunicação.

No Setor de Educação a discussão tende a ser mais detalhada, não apenas nos objetivos do REUNI, mas principalmente na conceituação do programa. Discussões com especialistas na área de educação foram realizadas e ainda não há proposta concreta. Mas é preciso lembrar que o Setor de Educação atende a diversos outros setores da instituição e que muitas propostas realizadas por outros setores contam com a parceria da Educação.

Para a Exatas o momento é de cautela, apesar de várias propostas terem sido colocadas, como a licenciatura noturna da Química, a expansão de vagas na Física e um novo curso na área de Informática. Mas o Setor lembrou que já fez um grande esforço nos programas institucionais – como PROVAR, e que novos investimentos em salas de aula, laboratórios e servidores é fundamental para qualquer ação nova de expansão e reestruturação.

Cronograma – O MEC colocou como prazo limite de adesão ao REUNI pelas IFES o dia 29 de outubro. Nessa data a proposta deve estar protocolada no sistema do Ministério. Para dar andamento as atividades dentro da UFPR, o cronograma de ação estabelece o dia 30 de setembro para que cada Setor entregue sua proposta em formulário padrão; a Comissão do COUN definida para congregar todas as propostas e escrever a proposta única da UFPR tem até o dia 18 de outubro para escrevê-la; dia 18 de outubro acontece a reunião do Conselho Universitário para deliberar a entrada da UFPR no REUNI.

Leia na íntegra o artigo do reitor Carlos Moreira Júnior, postado no site da APUFPR sobre o REUNI.

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Reunião do REUNI dia 12 de setembro
Foto: Paulo Isidoro

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Fonte: Patricia Favorito Dorfman