“Para a Escola Técnica, o REUNI surgiu em função da criação do IFET – Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Paraná”, diz o professor Alípio Santos Leal Neto, diretor da Escola Técnica. “Até 2009, a Escola Técnica e o IFET vão cohabitar. Ou seja, alunos que ingressaram como Escola Técnica se formam como tal e, novos alunos que entram escolhem entre Escola Técnica e IFET. Depois, o Instituto ficará na área da antiga Escola e um novo espaço deverá ser construído pela UFPR para abrigar o ensino técnico-profissionalizante.”
Segundo o diretor, há alguns professores que não têm o interesse em sair da Universidade. Uma alternativa para que eles ainda pudessem participar da instituição veio por meio do REUNI. “Estamos fazendo um planejamento para o desenvolvimento deste novo setor tecnológico da Universidade”, esclarece. “O REUNI mexe com as estruturas e estabelece importantes metas que relacionam quantidade e qualidade. A Escola Técnica já tem cursos superiores de tecnologia e deverá ampliar este quadro com a criação de outros seis. Também pretendemos reestruturar o curso de Tecnologia em Sistemas de Informação para ampliação de 20 % das vagas que serão ofertadas nos períodos noturno e vespertino em duas entradas: 60 vagas no primeiro semestre e 60 no segundo; e ofertar cursos nas áreas de Secretariado Executivo, Gestão imobiliária, Artes Cênicas, Comunicação Institucional e Gestão da Qualidade. Ainda outra inovação será a oferta de um curso na área de Luteria, que é fabricação e manutenção de instrumentos musicais de corda. Além disso, já foi encaminhado para a avaliação da Capes um Programa de Pós-Graduação em Bioinformática, em parceria com o Departamento de Bioquímica.’
A Escola Técnica oferece mais de quatro mil vagas em cursos presenciais e pelo menos outras 19 mil na área da educação a distância. O REUNI tem como meta a diplomação de 90% dos alunos. A Escola está hoje nos 70% “O que precisamos fazer é rever o que oferecemos aos alunos”, explica Alípio. “Vários são os motivos pelos quais os alunos não permanecem em seus cursos. Além da dificuldade financeira, um outro ponto importante é a falta de identificação com o curso escolhido. Mas hoje temos um outro movimento interessante que é o de alunos que já concluíram uma graduação ou até uma pós e que voltam à Escola Técnica para conseguir atender as vagas existentes no mercado de trabalho. Os números indicam que hoje faltam mais de dois milhões de técnicos qualificados.”
Desde 1990, a UFPR vem investindo maciçamente no ensino profissionalizante. De lá para cá, a Escola Técnica passou de 290 para quase 25 mil alunos.
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Foto: Izabel Liviski
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Fonte: Vivian de Albuquerque
