O Programa aceita inscrições até o dia 20 de novembro para o processo seletivo que escolherá 11 estudantes para participar de intercâmbio com universidades argentinas, paraguaias e uruguaias para o primeiro semestre de 2008. O período de duração do intercâmbio será de um semestre letivo. Para participar do processo, os candidatos têm que estar regularmente matriculados em curso de graduação da UFPR; ter um mínimo de 50% do seu curso concluído; ter pelo menos mais um semestre a cursar na UFPR após a conclusão do intercâmbio; e ter conhecimento da língua espanhola.
Pelo Programa, as universidades de destino dão apoio na forma de alojamento e alimentação. Recebe auxílio também para cobrir parte das despesas de deslocamento até a cidade de destino. Para 2008 estão sendo ofertadas vagas para os cursos de Administração, Arquitetura, Biologia, Direito, Farmácia, Letras, Matemática, Matemática Industrial e Recursos Hídricos. Interessados em mais detalhes devem acessar a Convocatória, disponível no site www.augm.ufpr.br, e procurar os coordenadores das respectivas áreas.
De acordo com o professor Hideo Haraki, assessor da Assessoria de Relações Internacionais, a seleção dos estudantes é feita com base em entrevista, análise de currículo, o Índice de Rendimento Acadêmico e na carta de intenção, de autoria do interessado, sobre o porquê deseja participar do intercâmbio. Ele informa ainda que outras 11 vagas serão disponibilizadas para o segundo semestre de 2008. ‘No conjunto da AUGM, composto por 21 universidades parceiras, aproximadamente 600 estudantes farão intercâmbio em 2008’, informa.
EXPERIÊNCIAS DE QUEM FEZ
Miguel Godoy, estudante do curso de Direito, fez recentemente intercâmbio na Universidade Nacional de Córdoba, na Argentina. “A atividade que pude fazer que mais me deixou satisfeito foi realmente estudar e poder fazer pesquisa científica em uma faculdade de excelência, conhecer como atuam os professores e profissionais e como os alunos são parte importante deste processo”, diz Miguel. Aos que nunca fizeram intercâmbio, Miguel só tem palavras de incentivo: “o intercâmbio possibilitou não apenas adquirir conhecimento e ampliar os horizontes, mas também me permitiu fazer amigos argentinos que até hoje mantenho contato e que seguramente virão ao Brasil”.
As recomendações de Miguel: “Para quem nunca fez intercâmbio, recomendo que se informe sobre a cidade em que vai viver, saber a localização exata, a distância com as demais cidades, os pontos turísticos. Saiba, acima de tudo, o período em que vai viver lá para saber quais as estações vai encarar pela frente”. Ele salienta também que vale a pena fazer aulas de espanhol para que possa, ao menos, manejar razoavelmente o idioma. E para aqueles que imaginam seja necessário muito dinheiro para fazer o intercâmbio, Miguel faz as contas: para despesas extras como visitas a museus, teatros, um pouco da vida noturna e fazer turismo pelas lindas villas no entorno de Córdoba, R$ 800,00 seria o bastante. Para viagens a Buenos Aires, Mendoza ou o norte da Argentina, outros R$ 500,00 a R$ 1.000,00 a mais seriam suficientes.
Estudantes argentinas – Gabriela Gesualdo é estudante de Administração na Universidad Nacional del Litoral, Santa Fé, Argentina. Na UFPR, escolheu cursar disciplinas de 2º e 3º anos do curso e está gostando muito da experiência: “Gosto do país, de aprender outro idioma, outra cultura. Pretendo passar por novas experiências também em outras universidades”, diz. Ela sentiu maior dificuldade com o vocabulário do português do dia-a-dia, situação amenizada rapidamente quando passou a freqüentar o curso de Português para Estrangeiros do Centro de Línguas da UFPR.
Melisa Pesoa, escolheu cursar disciplinas relativas ao 4º ano do curso de Arquitetura. Na Universidade de La Plata, onde estuda, cursa o 6º e último ano do mesmo curso. “O mais difícil é a língua. Não é entender, mas falar com os colegas”, diz, dificuldade resolvida na primeira semana a ponto de se fazer compreender e entender o que os colegas dizem. Melisa e Gabriela contaram com hospedagem na Casa da Estudante Universitária e a alimentação no Restaurante Universitário. “ O intercâmbio foi melhor do que eu esperava”, diz Melisa, lembrando que a arquitetura e urbanismo da UFPR em Curitiba são referência do que há de melhor na área. Ambas destacaram que aqui o sistema é bastante diferente da Argentina, onde são os próprios estudantes que escolhem quais disciplinas cursar ao longo do curso, em turmas de centenas de alunos. “Aqui as turmas são pequenas, o professor conhece você”, ponderou Melisa, ao dizer que isso possibilita uma aproximação maior tanto dos estudantes entre si quanto com os professores. “Nem melhor, nem pior, são sistemas diferentes”, concluiu.
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As intercambistas Melisa e Gabriela
Foto: Izabel Liviski
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Fonte: Leticia Hoshiguti
