Foi lançado esta semana, no Museu de Arqueologia e Etnologia da UFPR em Paranaguá, o Projeto Globe Brasil – uma parceria entre a Nasa, a UFPR e a Agência Espacial Brasileira que envolverá professores e alunos de escolas públicas do Litoral na coleta de dados sobre o mosquito Aedes aegypti. O Globe (sigla em inglês para Programa Global de Aprendizagem e Observações em Benefício do Meio Ambiente) visa promover o interesse pela ciência, formar cidadãos conscientes em relação ao meio ambiente e apoiar professores no trabalho com temas relacionados.
“A ideia essencial é conscientizar as crianças sobre a temática ambiental, mas dentro de um contexto científico. As crianças vão tomando consciência do que acontece ao redor das suas escolas e na cidade onde moram, mas elas podem também entender de forma científica, a partir de uma coleta de dados que é feita localmente junto com o professor”, explica o coordenador executivo do Programa Globe Brasil, Jean Robert Batana. “É fazer ciência pela prática. Embora possa parecer uma atividade lúdica ou uma brincadeira, é uma atividade séria, porque segue um protocolo e uma sistemática científica desenhada por especialistas da Nasa.”
O responsável pelo programa na UFPR, professor Rodrigo Arantes Reis – que é coordenador do Programa Laboratório Móvel de Educação Científica da UFPR Litoral – explica que os dados coletados são colocados em uma plataforma administrada pela Nasa e ficam à disposição da comunidade internacional.
Vão participar 25 escolas de Paranaguá e outros municípios do Litoral paranaense. O mesmo projeto será desenvolvido também em São José dos Campos (SP) e na cidade do Rio de Janeiro.
“Nunca havia participado de um projeto com essa dimensão. Vim em busca de informações para ser um multiplicador na escola e fazer uso pedagógico do conhecimento”, diz o professor Hélio Edson da Cruz Junior, da Escola Faria Sobrinho de Paranaguá.
Os professores representantes das escolas inscritas no projeto serão treinados durante um workshop programado para o início de junho, no Setor Litoral da UFPR. Eles vão aprender como conduzir atividades de aprendizagem e medição científica de parâmetros ambientais por meio de protocolos específicos desenhados pela Nasa, para depois implementar atividades em sala de aula.
No segundo semestre, professores e alunos das três cidades brasileiras participantes irão a campo para a coleta de dados sobre o Aedes aegypti.