Logo UFPR

UNIVERSIDADE
FEDERAL DO PARANÁ

Professores Ricardo Marcelo e Maurício Galeb lançam livro sobre a greve geral de 1917

Professores Ricardo Marcelo e Maurício Galeb durante a sessão de autógrafos.
Fotos: Samira Chami Neves.
Os professores Ricardo Marcelo Fonseca, atual reitor da Universidade Federal do Paraná, e Maurício Galeb lançaram nesta terça-feira (19) o livro A Greve Geral de 1917 em Curitiba. A obra integra a coleção A Capital, da Factum Editora.

O livro é resultado da monografia elaborada pelos dois autores em 1990, para o bacharelado do curso de História. A primeira edição foi publicada em 1996. O lançamento da segunda edição – que marca os 100 anos da greve – aconteceu no Círculo de Estudos Bandeirantes, com sessão de autógrafos.

Havia um interesse na época em que foi o livro foi escrito, há 27 anos, relacionado à ameça que os direitos sociais sofriam. Agora, em 2017, circunstancialmente o ano do centenário da greve, parece-me que esse contexto que desperta o interesse pelo livro continua atual como nunca”, afirma o reitor Ricardo Marcelo.

O professor Maurício Galeb conta que não imaginou, durante a produção do livro, que o Brasil passaria por um retrocesso na luta pelos direitos sociais. “Se fizermos uma confrontação com a pauta dos direitos trabalhistas reivindicados em julho de 1917, perceberemos uma semelhança impressionante com direitos que estão sob risco hoje. Não poderíamos imaginar a atualidade do trabalho”, destaca Galeb.

Foto: Samira Chami Neves.

A Greve Geral de 1917 em Curitiba

O livro retrata acontecimentos de julho de 1917, quando trabalhadores de Curitiba aderiram à greve geral iniciada no estado de São Paulo. Na capital paranaense, o movimento começou após um comício na Praça Tiradentes e durou seis dias.

Era uma greve geral em uma época em que não havia rádio, jornal diário, meios de mobilização e, apesar disso, o movimento alcançou dimensão nacional”, diz o reitor Ricardo Marcelo.

O movimento foi inspirado no anarco-sindicalismo. Na capital, foram registradas explosões de pontes e interrupção de energia elétrica.

Durante a greve geral houve a movimentação de trabalhadores curitibanos em uma cidade pouco industrializada, mas já com trabalhadores urbanos assalariados e com a formação de sindicatos majoritariamente anarquistas e anarco-sindicalistas”, contextualiza Galeb.

Ricardo Marcelo reforça que a greve de 1917 mostra que os direitos sociais são conquistados. “Um conjunto de movimentos importantes que aconteceram nos anos 10, 20 e 30 são responsáveis de modo direto pela positivação dos direitos sociais, que são consolidados em 1943 com a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho)”, lembra. “Esse é um dos papéis da história: rememorar. Melhor ainda quando acaba tendo um sentido forte dentro do nosso presente – o fato de reconhecermos que os direitos trabalhistas são resultados de vidas, sangue, lutas”.

Sugestões

UFPR publica trabalhos em congresso espanhol sobre ordenamento territorial 
XI Congresso Internacional de Ordenación del Territorio aconteceu em outubro de 2023, com colaboração...
UFPR realiza intercâmbio de experiência sobre tratamento e digitalização de acervos 
A Universidade Federal do Paraná (UFPR), por meio do Departamento de Ciência e Gestão da Informação (Decigi),...
Filho de Gari e auxiliar de serviços gerais é aprovado em Medicina na UFPR
Filho de um gari e uma auxiliar de serviços gerais, Felipe Nunes é aluno do 3º ano do curso de Medicina...
UFPR alerta para golpe de perfil fake no Instagram
A Universidade Federal do Paraná (UFPR) informa que um perfil falso está se passando pela conta oficial...