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Pós-doutorado em Engenharia Florestal apresenta primeiros trabalhos

A apresentação formal em sessão pública aconteceu na última segunda-feira, dia 18, pelos professores Paulo Fernando Trugilho, da Universidade de Lavras, Minas Gerais e Hiroyuki Yamamoto, da Universidade de Nagoya, Japão. São os primeiros trabalhos de pesquisa na área de todo o Hemisfério Sul.

Ambos os trabalhos utilizaram como objeto de estudo a madeira, por ser um material renovável, não finito como outros materiais. Na área da Engenharia dos Materiais, os estudos sobre a madeira estão em ascensão em todo mundo, justamente por essa característica de renovação. As indústrias madeireiras até hoje utilizam a madeira sem efetivamente conhecê-la, trabalhando com determinados tipos pela experiência ou prática e até por tradição.

Trabalhos – Intitulado “Biomechanics of wood – toward utilization of Forest biomass in the 21st century”, o trabalho de Yamamoto vem de encontro à essa lacuna. Ele estudou a madeira a partir de seus componentes básicos, mostrado-os através de equações matemáticas. Foram três anos de estudos para conseguir resolver as equações básicas, necessárias para simular cenários e trabalhar com dados experimentais. Tudo para definir as propriedades do material.

Este trabalho poderá orientar desde os estudos sobre melhoramento florestal até as análises das melhores matérias primas a serem utilizadas para finalidades específicas.

Já a pesquisa de Paulo Trugilho, da Universidade de Lavras, estudou “Tensão de crescimento em árvores vivas de clones de Eucalyptus spp e de Eucalyptus dunnii Maiden e propriedades da sua madeira”. O estudo integra o programa PROCAD, da Capes, cujo objetivo é o intercâmbio entre grupos de pesquisa mais desenvolvidos e em desenvolvimento, em Ciência e Tecnologia no País. Trugilho pesquisou a madeira e o melhoramento genético voltado para a seleção de um material superior, que visa proporcionar melhor rendimento tanto silvicultural (gerando volume rapidamente) quanto para o processo industrial.

O estudo de Trugilho avaliou a tensão de crescimento através de um equipamento usado no campo. Analisando quatro idades da mesma espécie, concluiu que a avaliação independe da idade da árvore, o que possibilita a avaliação precoce do material. Com isso ganha-se tempo nas análises de campo, que são mais baratas que em laboratório. “É viável econômica e ambientalmente a avaliação no campo”, concluiu Trugilho.

Foto(s) relacionada(s):


Reitor abre os trabalhos de apresentação das pesquisas
Foto: Letícia Hoshiguti


Apresentação de Hiroyuki Yamamoto, da Universidade de Nagoya, Japão
Foto: Letícia Hoshiguti

Fonte: Leticia Hoshiguti