Projeto da UFPR de combate ao coronavírus em unidades carcerárias é contemplado em chamada pública
A Universidade Federal do Paraná (UFPR) foi contemplada na 1ª demanda adicional da Chamada Pública 09/2020 da Fundação Araucária. O edital tem o objetivo de apoiar financeiramente ações extensionistas de prevenção, cuidados e combate à pandemia causada pelo novo coronavírus.
O “Projeto de Apoio à Saúde no Departamento Penitenciário”, coordenado pela professora de Bioética e Cuidados Paliativos do curso de Medicina da UFPR, Ursula Bueno do Prado Guirri, receberá o valor de R$134.000,00 para investir em bolsas de extensão para profissionais formados da área de saúde. Os beneficiados atuarão junto ao Departamento Penitenciário do Estado do Paraná (DEPEN), prestando orientações e cuidados à população carcerária.
O trabalho deve durar quatro meses, podendo se prorrogado, e tem o objetivo de tentar reduzir a entrada do coronavírus nas unidades penitenciárias e casas de custódia femininas e masculinas, por meio de orientação aos servidores e presos e atendimento a adoecidos. “A população carcerária é um desafio nas ações de prevenção à Covid-19 porque é numerosa e está confinada de maneira obrigatória. A condição de saúde já pode estar precária antes mesmo da pandemia.”, explica Ursula.
Para a professora, ações educativas podem auxiliar a reduzir o número de adoecidos e poupar vidas. “Todo cidadão em território brasileiro tem direito à assistência à saúde e a ser tratado com dignidade, o mesmo vale para a população carcerária”, afirma.
Poderão receber as bolsas enfermeiros e técnicos de enfermagem que devem se inscrever até esta quinta-feira (2) pelo site da Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná. Ursula faz um apelo para que, no âmbito desse projeto, profissionais do sexo masculino se candidatem em maior número. “Precisamos muito de profissionais de ambos os sexos. Mas, até o momento, temos mais mulheres e a população carcerária é de maioria masculina. Assim, precisamos aumentar a lista de profissionais que se identificam como masculinos”.
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