O governo do Paraná liberou R$ 482,6 mil destinados para a segunda fase do projeto “Paraná Digital”, que pretende instalar laboratórios de informática utilizando a tecnologia de softwares livre nas escolas da rede estadual de ensino até 2007.
Nessa segunda fase, ocorrerá o treinamento dos multiplicadores de conhecimento, que serão responsáveis por transferir a tecnologia gerada na primeira fase aos alunos e professores e gerenciar o núcleo de rede durante o processo de transferência.
Visando expandir o parque computacional das escolas públicas do estado, a primeira fase do projeto trabalhou na capacitação de mais de 1.500 diretores de instituições de ensino, com o objetivo de repassar informações necessárias para que cada escola utilize os laboratórios de informática da melhor maneira possível. Assim, diretores e professores podem escolher ferramentas pedagógicas ideais, permitindo aos alunos agregar mais conhecimento a partir da ferramenta computador.
Paraná Digital e a UFPR – Toda a tecnologia do “Paraná Digital” foi desenvolvida pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), sob a coordenação dos professores do Departamento de Informática Marcos Sunyé e Marcos Castilho. Na primeira fase do projeto, o estado investiu R$ 770 mil, que foram utilizados pela UFPR no desenvolvimento da tecnologia dos multi-terminais e na concessão de bolsas para estudantes de graduação que trabalharam nas pesquisas.
Também foram desenvolvidos pela Universidade softwares livres e aplicativos, utilizando como sistema operacional o Linux, que não exige o pagamento de licenças. Cada escola do Paraná receberá um laboratório contendo em média 20 computadores, dependendo do número de alunos, ligados a um servidor. A tecnologia do multi-terminal possibilita a ligação de conjuntos periféricos. Ou seja, quatro monitores, teclados e mouses serão ligados a uma CPU central, que por sua vez estará ligada a um servidor.
Cada terminal periférico funcionará independente e trabalhará na velocidade do servidor. Os servidores serão gerenciados pela Companhia de Informática do Paraná (Celepar) e qualquer intervenção será feita remotamente, sem o deslocamento físico de membros da equipe até escola, o que diminui os custos com manutenção ou reparos. Cada laboratório receberá também uma impressora, gravador de DVD e nobreak – equipamento que evita danos causados por falhas elétricas.
Os computadores também estarão conectados a Internet via banda larga. Para isso a Copel está instalando cabos de fibra óptica nos colégios. Até o final deste ano, todas as escolas paranaenses devem estar com a estrutura de Internet e dos laboratórios prontas. Segundo Castilho, duas escolas já estão com os laboratórios instalados. “A meta é que até março 500 colégios já estejam com os laboratórios funcionando e até 2007 esse número deve chegar a 2 mil instituições de ensino”, comenta.
O projeto é realizado pela UFPR em parceria com a FUNPAR, responsável pela gestão, a SEED, a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SETI) e pela Celepar.
Fonte: Lucas Gandim – FUNPAR
