Nesta sexta-feira (19) às 20h30, a Orquestra Filarmônica da UFPR estreia o concerto “Antíteses, para viola pomposa e orquestra” de H. Crowl, e toca clássicos de H. Oswald e F. Mendelssohn-Bartholdy no Teatro da Reitoria com entrada franca.
Entre obras clássicas de peso compostas por Henrique Oswald e Felix Mendelssohn-Bartholdy, a Orquestra Filarmônica da UFPR, sob a regência de Márcio Steuernagel, apresentará pela primeira vez a mais nova obra de seu diretor artístico, com a participação especial de Zoltan Paulinyi, solista na viola pomposa, um instrumento típico do séc. XVIII, e Iracema Simon, que tocará o fagote.
Harry Crowl, diretor artístico da Orquestra e servidor da UFPR, começou a escrever a obra quando esteve na Suécia. “Diante das paisagens nevadas, ruínas medievais, e um sossego inacreditável, comecei a imaginar o contraste da contemplação da paisagem e a minha interação com aquelas cenas bucólicas”, diz Harry.
A Viola Pomposa, instrumento semelhante a uma viola de arco tradicional (porém com 5 cordas) a qual a peça foi dedicada, foi apresentada a Crowl por Zoltan: “no primeiro movimento do concerto, a viola atua como uma desbravadora num universo pacato, porém cheio de mistérios e história”. Esta será a primeira audição mundial da composição.
O intimismo estará presente na apresentação da Orquestra Filarmônica da UFPR que acontece na noite de sexta-feira. A obra “Romance” para cordas, que inaugura o espetáculo, é do compositor brasileiro Henrique Oswald (1852-1931), que possui uma linguagem musical de discurso instável, com elementos já característicos do início do séc. XX, distintos do romantismo clássico germânico de influência wagneriana.
Escrita em 1898, apresenta uma escrita densa e introspectiva próxima da poesia simbolista a qual o autor gozou de largo prestígio em sua época e foi provavelmente escrita como uma obra para piano anteriormente, uma vez que Oswald foi um grande pianista.
O espetáculo será encerrado com a Sinfonia no. 5 em ré menor, op.107 “A Reforma”, de Felix Mendelssohn-Bartholdy (1809-1847), que terá a regência de Denise Mohr. Ela foi escrita para as comemorações dos 300 anos da “Confissão de Augsburg”, em 1830. No entanto, a estréia desta obra esteve cercada de muitas controvérsias, problemas políticos e intrigas envolvendo religião, e só foi acontecer em novembro de 1832. “Os dois movimentos centrais seguem a estrutura formal das sinfonias da época que conduzem ao movimento de conclusão que é quase um ciclo de variações sobre o famoso hino ‘Ein feste Burg ist unser Gott!’ (Uma poderosa fortaleza é o nosso Deus!), de autoria do próprio Lutero.” De acordo com Harry Crowl, a música termina com uma reapresentação apoteótica do hino como em uma afirmação absoluta de fé.
Serviço
Orquestra Filarmônica da UFPR
Quando: Sexta-feira, 19 de junho, ás 20h30
Local: Teatro da Reitoria – Rua XV de Novembro, 1299.
Mais informações: (41) 3310-2640, das 14h às 18h
Entrada gratuita
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Harry Crowl é compositor da obra que será apresentada pela primeira vez na noite de hoje
Foto: Douglas Fróis
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Fonte: Fábio Marcolino / Proec
