Logo UFPR

UNIVERSIDADE
FEDERAL DO PARANÁ

Oficina de produção de curta-metragem grava em Antonina

“Vai ter morte”. A afirmação é do professor Carlos Rocha, ministrante da oficina de Produção de Curta em Vídeo do 21º Festival de Inverno da UFPR. Ele se refere ao filme que está sendo produzido este ano, uma livre adaptação do romance A Hora da Estrela, de Clarice Lispector. “Algumas vezes fizemos roteiros próprios, tipo quando mesclamos ficção e documentário, mas geralmente adaptamos obras literárias”, comenta.

Com duração em torno de cinco a sete minutos o roteiro do vídeo é simples, o que é importante, segundo Luís Carlos Santos que ministra em parceria com Rocha. “O objetivo é aprender a prática: gravação em externa, interna, imagens”, explica. Rocha, que atende pela alcunha de Polaco, e o diretor de fotografia Santos ministram, não apenas a oficina de Produção, mas também a de Conceitos Básicos de Produção de Curta-Metragem em Vídeo.

Juntas, oferecem ao participante a oportunidade de sair capacitado para produzir um filme de curta-metragem. Na de Conceitos Básicos, estuda-se roteiro, técnicas de iluminação, sonoplastia, storyboard e outros essenciais. “É um aprendizado duplo. Porque para os alunos ensinamos a produção cinematográfica desde o início, para que conheçam o processo e possam se aprofundar. Para nós porque estamos sempre aprimorando o modo de ensinar audiovisual”, conta Polaco.

Já para a de Produção de Curta, é a prática que tem precedência. “Nessa oficina se lapida o conhecimento, principalmente do equipamento para que o aluno se familiarize”, diz Santos. A estudante de Gravura na Escola de Música e Belas Artes do Paraná (Embap), Juliana Soares Rosa de Oliveira, considera uma oportunidade de aprender a técnica. “Trabalho com animação e videoarte, mas costumo produzir só para a faculdade”, relata.

O locutor e filmmaker Aristóteles Franco, que é morador de Antonina, não considera só a parte técnica importante: “A vida é cinema, por isso precisamos atuar. Fazer a oficina levar e ter conhecimento, a interagir com os colegas e professores”, comenta. Santos conta que já gravaram a primeira sequência, que é externa. “Temos oito alunos e, com quatro câmeras, conseguimos que todos participem bastante, em duplas. Fizemos a função de diretor quase exclusivamente, deixando eles mais livres para aprender”, diz ele.

O Festival conta com esta oficina desde o ano 2000 e, segundo Polaco, a cada um é diferente. Isso porque os participantes mudam, assim como a temática, os roteiros e mesmo a conjuntura da cidade – como o fato das chuvas afetaram a rotina e a vida dos moradores do ano passado para cá. “É sempre uma oficina piloto”, conclui. Hoje a equipe gravará uma cena interna, com cenografia, iluminação e captação de áudio.

Foto(s) relacionada(s):


Ministrantes preparam o trabalho de produção e gravação com a equipe.
Foto: Ronaldo Duarte

Link(s) relacionado(s):

Fonte: Phillipe Trindade, sob orientação de Mário Messagi Jr