A UFPR como instituição formadora da população paranaense vem acompanhando o movimento nacional de resistência a MP 746, que trata sobre reformas no ensino médio e a PEC 55, do ajuste fiscal. Atualmente existem 17 universidades federais com suas unidades ocupadas.
Existe também uma greve deflagrada pela Fasubra (Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições Públicas de Ensino Superior do Brasil) e que na UFPR resultou no início de movimento grevista a partir de 26 de outubro.
As ocupações de prédios de alguns setores da UFPR começaram de modo pacífico e liderado por membros da comunidade acadêmica destas unidades, inclusive com o apoio de algumas direções setoriais. A Reitoria, entendendo esta conjuntura como democrática, vinha acompanhando os fatos de perto pela administração central e avaliando as eventuais repercussões nas atividades da UFPR.
Na noite do dia 3 de novembro fomos surpreendidos com uma ação violenta e intimidatória, quando um grupo que incluía pessoas encapuzadas invadiu de forma agressiva, ocupou e obstruiu as portas do prédio da UFPR, na Praça Santos Andrade. Este ato não apenas feriu pessoas, mas também um símbolo dos movimentos democráticos do estado do Paraná, o prédio histórico da UFPR, que teve vidros quebrados e as portas acorrentadas.
Neste prédio funcionam aulas dos cursos de Direito e Psicologia, bem como laboratórios de pesquisa e as pró-reitorias de graduação (Prograd) e de extensão e cultura (Proec), responsáveis por atividades administrativas vitais da UFPR
Desde já, acionamos uma Comissão de representantes da administração central da UFPR, junto com a direção de setores de Ciências Jurídicas e Ciências Humanas, para estabelecermos uma mesa de negociação para a desocupação imediata dos prédios.
A Reitoria da UFPR vem a público veementemente reiterar que repudia a violência e intimidação. Lembramos que esta reitoria sempre se pautou pelo diálogo, pela negociação democrática e pelo respeito institucional.