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Extensão UFPR: Humanização do atendimento de saúde é tema de projeto que conscientiza futuros profissionais

Fotografia do arquivo do Projeto de Extensão Humanizarte publicada em sua página de Facebook
Fotografia do arquivo do Projeto de Extensão Humanizarte publicada em sua página de Facebook

Quando os palhaços e contadores de histórias do projeto Humanizarte visitam o Hospital de Clínicas da UFPR estão proporcionando muito mais do que momentos de alegria para as crianças internadas no hospital. O principal objetivo do projeto é trazer uma formação mais humana para os profissionais de saúde, são estudantes de diversas áreas como medicina, enfermaria e psicologia que por meio de oficinas exercitam seus dons artísticos para quebrar a rotina.

O projeto surgiu em 2017, em sua primeira versão, por iniciativa de estudantes de medicina que sentiam a necessidade de uma formação mais profunda em temas como a humanização do atendimento e a empatia com os pacientes. O Humanizarte II veio para dar continuidade a ação que envolve estudantes de qualquer curso da área da saúde, os estudantes que participaram da primeira versão atuam hoje como organizadores e colaboradores ativos na continuidade da iniciativa.

A psicóloga Pricila Paveukiewicz, coordenadora do projeto, explica que ainda há muita deficiência nos currículos da maioria dos cursos em relação ao atendimento humanizado e a iniciativa visa oferecer um meio para trabalhar este tema.

Áysla Rinaldo atuando como palhaça no projeto Humanizarte em 2017 – foto: página do projeto no Facebook

Durante o primeiro semestre os participantes do projeto frequentam oficinas de palhaçaria e contação de histórias e na segunda metade do ano é o período para levar o que aprenderam até os pacientes, com visitas ao Hospital de Clínicas e também outras instituições como o Movimento Recriança, uma ONG que atende crianças em situação de vulnerabilidade social nos arreadores de Curitiba.

Segundo a coordenadora, em 2018, estima-se em 500 pessoas, entre os diversos públicos atingidos pelo projeto, como estudantes, pacientes, funcionários do hospital e do Movimento Recriança.

“Os estudantes que participaram do projeto em 2018 disseram que sua visão em relação aos pacientes mudou, a partir da sua participação no projeto, e consideraram que a participação foi de grande valia para sua formação enquanto profissionais da saúde”, explicou a coordenadora. Os participantes também informaram, segundo Paveukiewicz, que a inciativa ajudou a suprir a carência por disciplinas que trabalhem a humanização nos currículos.

“O Humanizarte é um projeto de extensão mais do que necessário para que esses futuros profissionais da saúde tenham um olhar mais humano e mais empático com seus pacientes”, completou a psicologa.

Veja o relato que Áysla Rinaldo, uma das participantes em 2017, publicou na página do Facebook do projeto:

“Antes eu achava que ir fazer palhaçada no hospital era um trabalho muito nobre. Depois mudei de ideia e achei que fosse um absurdo, uma bobisse. Até que resolvi tentar e ir ver como era.
Hoje penso que é uma experiência humanizadora.
É paradoxal essa figura lúdica, engraçada, brincalhona no meio da dor, dos acessos venosos, dos monitores de dados vitais, do branco, dos corredores alcoolizados (cheios de frascos de álcool pra higienização)…
O paradoxo do riso em meio ao possível pranto.
Um dia, ouvi falar que o palhaço vai normalizar o ambiente hospitalar. Porque aquele não é o ambiente normal da pessoa internada.
E pelas experiências até o momento, essa frase tem todo sentido. O palhaço vai lá e conversa sobre as plantações, os passarinhos, os netos, canta, dança, cai, levanta, brinca, pula, sorri, abraça. Ações de alguém que não está doente e que alguém que está doente queria estar fazendo. Na presença do palhaço, também, além de se ver o que se pode fazer, a lembrança do riso fácil, da alegria na trivialidade, que há além do hospital, vem e faz bem.
Ser palhaço nesse ambiente é ir potencializar a humanidade que há no outro, pra juntos nos lembrarmos que ali é uma circunstância, que não determina, necessariamente, quem a pessoa (não é um simples paciente) que está ali é…”

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