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HT apresenta relatório de atividades de 2005

O convênio de manutenção da instituição reúne o Governo do Estado, a Prefeitura Municipal, a Universidade Federal do Paraná e a FUNPAR – Fundação da UFPR e vem permitindo uma série de melhorias seja na quantidade e qualidade dos atendimentos, como nas instalações e equipamentos. Em 2005, foram iniciadas e concluídas várias obras, que deverão ser oficialmente inauguradas até o final de 2006. Uma das mais importantes, o Centro Cirúrgico Eletivo encontra-se na fase de aquisição e montagem dos equipamentos.

“Em nosso Centro Cirúrgico do Pronto Socorro eram realizadas tanto as cirurgias de urgência quanto as marcadas”, explica o diretor do HT Geci Labres de Souza Júnior. “Eram seis salas cirúrgicas que faziam 1100 cirurgias por mês. O novo Centro Cirúrgico Eletivo terá três salas e deverá atender apenas aquelas com horas marcadas. Ou seja, teremos uma maior vazão das cirurgias agendadas, independentemente da entrada de emergências. A preocupação maior é evitar que as crianças, muitas vezes mantidas em jejum, tenham suas cirurgias suspensas.”

O novo centro é uma unidade modelo, moderna e com seus ambientes climatizados individualmente. Os recursos – R$ 285.656,07 – vieram da FUNPAR utilizando receitas do DPVAT – o seguro obrigatório de trânsito aos acidentados. “Por ser público tem de ser bem feito e com qualidade”, acrescenta Júnior.

Também com receitas do DPVAT foram construídos o Anexo de Almoxarifado – R$ 759.855,42; o Anexo de Prontuário de Pacientes – R$ 536.964,50; a Agência Transfusional – R$ 139.777,62 e o Morgue (Necrotério) – R$ 181.863,56.

“Normalmente os hospitais não possuem espaços construídos especialmente para o armazenamento”, explica o diretor do HT. “Essa descentralização acaba levando ao descontrole e ao desperdício. Assim, construímos o Anexo de Almoxarifado, com uma ótica de indústria onde se preza pela organização para a austeridade. Temos a capacidade de armazenar três meses do nosso consumo, fazendo uma reserva técnica para não afetar o atendimento. Nossos prontuários antes eram guardados no subsolo, em uma garagem e até em um container estacionado no nosso pátio. Agora temos um prédio próprio para isso, inclusive com ventilação e iluminação naturais para ajudar na preservação dos documentos. A nossa agência transfusional veio para substituir a antiga que não dava mais conta do aumento da demanda. Lá também instalamos nossa coordenação de enfermagem, que antes funcionava numa sala improvisada. E o nosso Necrotério agora, além de mais espaço, tem uma sala ecumênica para a identificação dos corpos, humanizando um momento tão difícil não só para as famílias como para nossos colaboradores.”

Na parte de equipamentos, com recursos da Secretária de Estado da Saúde, o HT trocou duas antigas caldeiras por três novas – duas elétricas e uma a diesel, que operam alternadamente para uma maior durabilidade. O reservatório de Oxigênio e os equipamentos dos gases medicinais também foram todos substituídos e/ou melhorados disponibilizando back-up para possíveis manutenções sem prejuízo aos pacientes. De um gerador, o hospital passou a ter três, que agora cobrem 75% de toda a área física, inclusive os quartos.

HOSPITAL ESCOLA – Também em 2005, o Hospital do Trabalhador conseguiu o título de Hospital Escola. “Desde o início do convênio, sempre houve grande preocupação com o ensino o que culminou com o recebimento desse título e com a abertura da primeira residência própria em 2006 na área de Cirurgia Geral. Para 2007 vamos criar mais duas: Radiologia e Medicina Intensiva com a oferta de mais quatro vagas”, comenta Geci. “Nós sempre recebíamos alunos de universidades que treinavam aqui. Agora vamos fornecer nosso próprio certificado, como hospital escola. Ou seja, o HT passa a fazer parte de um seleto grupo de hospitais que ensinam. Além de atendimento com qualidade, nós também estamos preparando mão-de-obra para o setor. Muitos dos nossos egressos estão hoje em outras instituições e a marca HT passou a ser um grande referencial no currículo.”

O mesmo acontece com as empresas que fornecem equipamentos para o hospital. “Como aqui eles são exigidos ao extremo, em função do número e dos tipos de atendimentos que prestamos, o equipamento que é aprovado por nós passa a ser aprovado em muitas outras instituições”, explica o diretor.

ALGUNS NÚMEROS – O HT possui 175 leitos, sendo considerado um hospital de médio porte. Atende entre 40 e 50% do total de traumas decorrentes de acidentes de trânsito e violência do Município de Curitiba. Para atender a toda essa demanda são mais de 1200 colaboradores – administrativos, médicos, enfermeiros, entre outros.

Em 1998, quando foi aberto o PS, eram 21 mil atendimentos/ano. Em 2005, esse número saltou para 169 mil. Ou seja, um salto oito vezes maior. “Se projetarmos esses números para o gráfico de custos no mesmo período veremos que ele saltou de R$ 10, 7 milhões para R$ 47, 7 milhões, sendo R$ 3, 2 milhões desse último valor em investimentos como equipamentos e obras. Aumentamos em oito vezes o número de atendimentos, aumentando em apenas quatro vezes e meia o custo. Qual a receita? Uma parceria que congrega servidores públicos, servidores privados e uma ótica de gestão que controla gastos e prioriza a organização e os investimentos em informatização”, conclui.

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Entrega do Relatório de Atividades ao reitor
Foto: Patricia F. Dorfman

Fonte: Vivian de Albuquerque