Heda Amarante é a nova diretora do Hospital de Clínicas

Prestigiaram a cerimônia, realizada na manhã de quinta-feira (12/2), autoridades da universidade e organizações da saúde de Curitiba.

A nova diretora é a primeira mulher a assumir o cargo do hospital que neste ano completará 50 anos de fundação. Após oito anos à frente da direção do HC, o professor Giovanni Loddo deixa o cargo executivo para assumir o papel de articulador: ele assume a coordenação dos três hospitais universitários da UFPR: HC, Hospital Victor do Amaral e Hospital do Trabalhador.

Uma gestão baseada no amor ao próximo e o trabalho. Assim a professora Heda definiu como serão as bases de sua atuação frente ao cargo que considera o mais “pesado” de sua carreira. “É tão importante quanto aos outros encargos individuais como médica que trabalha com a vida de cada paciente, mas no coletivo”, expôs Heda, ao comentar que a instituição gigantesca mais do que cuidar de pacientes tem responsabilidades também com os trabalhadores da área de saúde – somam quatro mil os servidores, professores, médicos e voluntários do HC.

Mudança de personalidade – Heda, que já atuava como diretora do Corpo Clínico do Hospital na gestão de Loddo, afirmou que na direção geral a principal mudança não será de direcionamento, mas de personalidade: “os problemas não mudarão, as boas coisas não deixarão de acontecer, mas a abordagem é que será diferente”, definiu. Ela diz que assume em um bom momento, em que o “hospital está de pé”, tem grande demandas que exigem soluções diárias, problemas como a falta de pessoal e defasagem de orçamento, mas tem um modelo de gestão que ajuda, um planejamento que funciona a ponto de dizer que dá para sonhar. E nesse sonho cabe um hospital de padrão internacional, como os que conheceu no Canadá e Estados Unidos: hospitais públicos, que atendam pelo Sistema Público de Saúde com competência, humanizados, referências no que fazem, tão bons quantos os melhores do País.

Mudanças e responsabilidade – O reitor Zaki Akel Sobrinho, acompanhado do vice-reitor eleito e diretor do Setor de Ciências da Saúde Rogério Mulinari, externaram o mesmo otimismo da nova diretora. Zaki afirmou que as mudanças no hospital serão lentas, seguras e com responsabilidade. Dentro do saguão lotado, manifestantes do Sinditest exibiram faixas cobrando mudanças, para as quais o reitor respondeu com serenidade, afirmando que o diálogo pautará a gestão dele e da direção do HC. Lembrou que o ajuste de conduta que envolve o emprego de 1.200 funcionários da instituição é uma questão que preocupa e que está sendo alvo de trabalho, assim como os projetos de reforma, ampliação e outras obras no HC e na própria UFPR.

Giovanni Loddo – Muito aplaudido em seu discurso de despedida, Loddo pediu aos funcionários que auxiliem a nova gestão em tudo o que falta fazer. Elencando os percalços, lembrou dos tempos em que assumiu, com a crise no auge, hospital sucateado, quando faltavam até seringas para os procedimentos mais básicos. Sete anos depois, problemas reduzidos, qualidade e humanização do atendimento alcançadas, faltam ainda muitas ações dentro do planejamento estratégico a serem vencidos, disse ele, com a “experiência, garra e vontade da professora Heda”.

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