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HC tem semana do aleitamento materno

As doadoras, cerca de 160, são mães que além de alimentarem seus bebês, se dispõem a coletar esse rico alimento para auxiliarem os recém-nascidos internados no HC, a terem um melhor desenvolvimento e em menor tempo. A informação é da coordenadora do Banco de Leite

do Hospital de Clínicas, enfermeira Celestina Grazziotin, que hoje, dia 1º de agosto, inicia, juntamente com profissionais de saúde da Instituição, a Semana Internacional do Aleitamento Materno, que tem como tema ‘Amamentação na primeira hora, proteção sem demora’ .

A enfermeira, que também é consultora internacional em aleitamento materno, destaca que, em média, 90 bebês são beneficiados com essas doações e que, quando não utilizado integralmente, devido ao pequeno número de bebês que necessitam desse tipo de apoio, o excedente é encaminhado para as crianças prematuras internadas no Hospital do Trabalhador e na Maternidade Vítor Ferreira do Amaral, ambos dministrados pela UFPR. Celestina Grazziotin lamenta, no entanto, que mais crianças poderiam ser atendidas com as doações feitas mas que cerca de 20 a 30% são desprezadas, já que análises laboratoriais realizadas no leite, antes de serem servidos aos bebês, apresentam contaminação. A enfermeira explica que esse problema se deve à falhas na coleta do leite (limpeza das mãos e seio, bem como, a não

utilização de máscaras de proteção).

CONSCIENTIZAÇÃO DOS BENEFÍCIOS-Segundo a consultora internacional credenciada pelo IBCLE (Conselho de especialistas em lactação, sediado em Virginia, Estados Unidos), Celestina Bonzanini Grazziotin, o grande enfoque dessa 16ª semana é divulgar os benefícios proporcionados pelo aleitamento materno, não apenas junto às gestantes mas também a profissionais de saúde como médicos, enfermeiros, parteiros, entre outros. Celestina destaca que 90% dos recém-nascidos – com parto normal ou cesárea – têm condições de sugar o seio materno, desde que auxiliados por um profissional de saúde.

Esse aleitamento, imediatamente após o nascimento, contribui para que diminua o risco de hemorragia na mãe, evitando, com isso, uma anemia, bem como, auxilia no processo de expulsão da placenta e restos placentários. Outro benefício para a mulher é o fato da sugação

contribuir na contração uterina, ou seja, condução do útero para a posição e tamanho anterior à gravidez. Outro ponto ressaltado pela enfermeira é que quanto mais cedo for iniciado o processo do aleitamento, mais rapidamente o leite é liberado, graças

aos hormônios da lactação.

Os benefícios, no entanto, não se limitam apenas à saúde materna. Os bebês, ao sugarem o colostro, recebem na verdade a primeira vacina contra variadas infecções. Com a administração do leite materno, na primeira hora após o nascimento, é dispensado a aplicação, nos pequeninos, de dose externa da vitamina K, prática rotineira dos hospitais, e que visa evitar que o recém-nascido tenha hemorragia. A

primeira mamada, explica Grazziotin, ‘estimula a produção dessa vitamina, no organismo do bebê’. A coordenadora do Banco de Leite cita como exemplo a Nigéria, país do continente africano que tem diversos hospitais que estão conseguindo abolir a aplicação externa da vitamina K, já que tem evidências científicas de que o aleitamento na primeira hora após o nascimento do bebê contribui para que ele produza vitamina K. Esses resultados vêm sendo conseguidos graças às atividades de

conscientização efetuadas pela Unicef, naquele país.

Celestina Grazziotin enfatiza, ainda, que ‘o contato físico proporcionado com o aleitamento materno – prática essa prazerosa, tanto para a criança quanto para mãe, e auxilia no desenvolvimento da afetividade entre ambas’, também tem outro vantagem, já que permite que a criança tenha contato com a flora microbiana, presente na pele

da mãe, ou seja, contribui para que as bactérias normais presentes no corpo da parturiente desenvolva no bebê resistência a uma série de doenças. Além destes benefícios o contato imediato com o corpo da mãe mantêm o bebê aquecido, mais calmo, menos estressado, com melhor regulação dos movimentos respiratórios e freqüência

cardíaca.

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aleitamento materno
Foto: arquivo Google

Fonte: Assessoria de Marketing do HC