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FEDERAL DO PARANÁ

Feira recebe a visita do ex-diplomata e escritor americano Brady Kiesling

“É muito interessante ver como uma universidade pode ter estudantes de tão alto nível”, comentou. “Na feira, também é interessante saber o que o estudante brasileiro procura e o que ele quer para o seu futuro. Como diplomata, atuei como antropólogo, psicólogo, e aqui também estou aproveitando para fazer minhas observações.”

A primeira graduação de Kiesling foi em Grego Antigo, segundo ele, muito específico e sem conexões. “A graduação é importante, mas não é única”, explicou. “O que precisa ser destacado é a capacidade de fazer análises, a maneira científica de pensar. Na Arqueologia – outra de minhas formações, na diplomacia ou em qualquer outra área, não existem informações perfeitas. É preciso entrar nos detalhes de cada assunto, pesquisar.”

Durante 20 anos, Brady Kiesling foi diplomata dos Estados Unidos em países como a Grécia, Marrocos, Israel e Armênia, lidando com um grande conflito: a burocracia. “Meu livro explica a diferença entre diplomata e burocrata. Em Atenas, onde vivo atualmente, escrevo uma coluna sobre diplomacia e política estrangeira para o jornal. Quando venho ao Brasil, procuro escrever sobre o que acontece aqui. A grande maioria dos americanos não entende a política estrangeira. Mas as idéias básicas de diplomacia são as mesmas em todo o mundo. Não existe superpotência que possa impor a paz no mundo. Os Estados Unidos tem poder, mas não tem simpatia política e, sem ela, o preço é muito alto para se fazer alguma coisa boa no mundo. Espero que Barack Obama consiga mudar esta imagem. Um grande País, como o Brasil, precisa ter diplomatas de alto nível e uma mentalidade aberta para o mundo”, concluiu.

Falando fluentemente o grego, o francês, o turco e o armênio, e quase dominando o português, Kiesling já foi assunto de várias matérias em jornais internacionais e também do Brasil por seu ato de coragem: largar uma carreira de 20 anos na diplomacia por acreditar realmente na paz. O livro “Diplomacy Lessons: Realism for an unloved superpower” relata esta experiência, abordando o momento em que o diplomata escreve uma carta ao governo americano, pedindo seu desligamento por ser contra a guerra no Iraque.

Mas informações sobre o trabalho de Kiesling e suas experiências na área da análise da diplomacia estão no site www.bradykiesling.com.

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O ex-diplomata americano em visita à UFPR Cursos e Profissões.
Foto: Izabel Liviski

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Fonte: Vivian de Albuquerque