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Fandango revive tradições e origens culturais

Entrar numa verdadeira conexão com as origens culturais do Paraná é uma das possibilidades que contempla os participantes da oficina “O sagrado e o profano – Festa Fandangueira”, ministrada pela arte-educadora Maria de Lourdes da Silva Brito. Por meio do teatro/dança a ministrante planta dois momentos importantes: a experiência de vivenciar pela Arte os significados e as diferenças existentes entre o “sagrado” e o “profano”.

Segundo Maria de Lourdes, as manifestações artísticas como a dança acontecem numa contagem diversificada, “é o tempo de recriar a obra de Deus”, ensina aos alunos da oficina. Numa roda fandangueira, por exemplo, o fator “tempo” se dilata tornando-se aliado dos sinais e recados passados pelo ritmo contagiante e pelos movimentos vibrantes, explica. O Fandango resgata também a figura da mulher paranaense, altiva e centrada. É ela o porto e a direção da família, responsável pela rotina da casa e pela educação dos filhos. “Cuidar de tudo, marcar a roda” é o papel da mulher no Fandango, conta a ministrante. Por outro lado, fala ainda do “profano”, definindo o termo, com os olhos da artista, como uma outra dimensão de tempo: é o “relógio” dos espaços formais, do cotidiano, dos compromissos e atribuições de cada um, comenta.

Tambor de Crioula é lá do Maranhão – Embalando os sons desses dias de Festival o “Tambor de Crioula” também veio lá do Maranhão trazendo um pedacinho da cultura do Norte do País. O músico Angelo Teixeira Passos, ministrante da oficina, ensina aos alunos os primeiros passos do ritmo: “é preciso tomar cuidado, distinguir as notas musicais, ritmar as batidas e separar a nota grave, a mais importante do tambor, levantar a cabeça, por o peito para frente e principalmente, ficar em posição de ataque”, explica. Depois de tudo pronto, o ritual exige que os tambores sejam afinados a fogo para puxar a toada com as saias coloridas e uma vela acesa para São Benedito. E finalmente a ordem é cantar assim “ eu cheguei, eu cheguei, eu cheguei com a minha turma eu cheguei…”

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Trabalho na Oficina de Tecelagem
Foto: Rute Marques


Momentos vividos pelos participantes na oficina
Foto: Rute Marques

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Fonte: Sonia Loyola