A iniciativa faz parte da Recepção Unificada, encabeçada pelos centros acadêmicos dos cursos de Comunicação Social e Design da UFPR e da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), e que conta também com estudantes das universidades Tuiuti, Positivo, Unibrasil e da PUC.
Durante a tarde, os alunos pintaram fachadas, reformaram churrasqueiras e brinquedos infantis, cortaram a grama e capinaram o mato do campo de futebol do local, cujo aluguel é uma importante fonte de renda do Instituto. O material para a reforma foi arrecadado principalmente pelos próprios alunos, que trouxeram martelo, pregos, pincéis e aproximadamente 80 litros de tinta.
O trote solidário nasceu em 2008, no curso de Design da UTFPR e a partir daí foi englobando outros cursos e universidades, que já resultou na reforma de uma creche e um albergue. O número de participantes este ano, em relação ao ano passado, aumentou cerca de três vezes. Além disso, a iniciativa também envolveu alguns alunos do curso de Arquitetura da UTFPR.
‘Só os novos estudantes do curso de Comunicação da UFPR que vieram são 60, que são dois terços dos calouros. É um número bom’, avaliou Phillipe Trindade, presidente do centro acadêmico do curso de Comunicação Social da UFPR. A universidade disponibilizou dois ônibus que levaram os alunos até o local.
De acordo com os organizadores, além de promover ações em prol da sociedade, é também um bom instrumento de integração entre antigos e novos alunos. ‘E com a Recepção Unificada a gente também consegue unir as universidades, quebrar o muro que às vezes nos separa’, declara Cássio Oliveira, aluno de Design da UTFPR.
A Recepção Unificada foi também uma maneira encontrada pelos estudantes de Design de dar visibilidade à 20ª edição do Design, evento nacional que ocorre de 11 a 18 de julho em Curitiba. A comissão organizadora do encontro também realizará nos próximos meses ações como dinâmicas e oficinas para crianças em comunidades de baixa renda.
A Recepção Unificada foi aprovada pelos novos alunos, inclusive por aqueles que não são contra o trote tradicional. É o caso de Daniele Marin, do curso de Comunicação Social da UFPR. ‘Não sou contra o trote tradicional, desde que sem exageros. Mas também gostei dessa iniciativa. Já faço trabalho comunitário e acho que se você pode, não custa ajudar’, afirmou.
Foto(s) relacionada(s):
Pintura na chácara do Inst. Paranaense de Cegos
Foto: Rodrigo Duarte
Estudantes cuidam do jardim da chácara do Inst. Paranaense de Cegos
Foto: Rodrigo Duarte
Calouros em pintura na chácara do Instituto Paranaense de Cegos
Foto: Rodrigo Duarte
Fonte: Sandoval Matheus (estagiário), sob orientação de Mário Messagi Júnior
