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UNIVERSIDADE
FEDERAL DO PARANÁ

Educação, inclusão e exclusão social são abordados em obra que será lançada dia 13 de junho

No próximo dia 13, quarta-feira, às 18 horas, será lançado o livro “Educação, Inclusão e Exclusão Social: Contribuições para o Debate”. As organizadoras são as professoras da UFPR Tânia Stoltz, do Núcleo Disciplinar Educação para Integração da AUGM – Associação das Universidades do Grupo Montevidéu e Ettiène Guérios, representante institucional Cátedra Unesco Inovações Pedagógicas na Educação Superior. A obra conta com o apoio da Assessoria de Relações Internacionais da UFPR e da Editora Aos Quatro Ventos.

O livro é o primeiro resultado do grupo de pesquisa: Educação e Inclusão Social da Universidade Federal do Paraná. Trata-se de uma coletânea de capítulos com diferentes enfoques teóricos sobre a dialética exclusão/inclusão. O objetivo é promover uma discussão teórica consistente do direito à diversidade e a consideração da sociedade como heterogênea e potencialmente apta a lutar contra as diferentes formas de exclusão, não desconsiderando a determinação social.

Os capítulos subsidiam as reflexões sobre a relação exclusão/inclusão e direitos/deveres humanos de diferentes formas. Não apresentam posicionamento único, homogêneo. Valorizam a diversidade de enfoques teóricos para melhor dar conta da complexidade do fenômeno.

No capítulo “A formação de professores e a inclusão social”, Ettiène Guérios apresenta os objetivos da Cátedra UNESCO relacionados ao cerne do livro e reflete sobre a responsabilidade da instituição educacional com esta temática, tendo como preocupação inovações pedagógicas comprometidas com o desenvolvimento de uma postura profissional que considere a inclusão social como um objetivo humano.

Os próximos dois capítulos tratam de discutir aspectos relacionados às Conferências Ibero-Americanas de Educação de 1989 a 2003. O capítulo “Educação e Inclusão: da Retórica à Prática”, de Blanca Beatriz Díaz Alva discute o direito à educação e à dignidade humana; a educação globalizada como exclusão do desenvolvimento humano e a filtração dos valores por meio da economia.

No capítulo “A Educação como Meio de Promover a Justiça como Eqüidade”, Karen Franklin apresenta reflexões que situam o discurso conceitual das Conferências Ibero-Americanas de Educação no discurso do Liberalismo político.

Dando continuidade, os demais capítulos discutem a relação educação e inclusão tomando por base obras de Habermas, Bourdieu e Piaget. “A Ação Comunicativa de Habermas como um Possível Indicativo de Reflexão para a Inclusão Social”, de Gelson João Tesser, observa serem a comunicação e o diálogo intersubjetivo, elementos desencadeadores de movimentos que levem os sujeitos à autodeterminação na busca de ideais igualitários.

Se Gelson focou em Habermas sua discussão, Cristina Frutuoso Teixeira, com o capítulo “Educação e Inclusão Social: Relembrando o Papel da Escola na Sociedade”, traz à tona a pertinência da Teoria da Reprodução Social de Pierre Bourdieu, para as discussões sobre exclusão/inclusão social. Concluindo este segmento de reflexões, Tania Stoltz e Silvia Parrat-Dayan oferecem outro olhar nessa discussão. Com o capítulo: Educação e Inclusão Social: uma Leitura Possível a Partir de Piaget, consideram o referencial piagetiano de tomada de consciência, bem como o objetivo da educação voltado à autonomia moral e intelectual, indispensáveis na contribuição da educação para a inclusão social.

Os capítulos seguintes são voltados a temáticas específicas que possibilitam a identificação da dialética exclusão/inclusão social e o papel da educação. “O Direito da Criança ao Bem-Estar: Sobre Contextos Familiares que Constituem Risco ao Desenvolvimento Pessoal e Acadêmico”, de Helga Loos, analisa estilos de controle parental e seus reflexos sobre o comportamento e desempenho escolar de crianças e adolescentes.

Ademir Donizetti Caldeira, com o capítulo “Educação matemática: Indivíduo, Sociedade e Cultura” considera a importância da educação pela matemática em uma perspectiva construtivista sociocultural, por estar associada aos valores de uma dada sociedade, tendo em conta o conceito de alteridade.

Em ”Identidade do negro no Brasil: Crise?”, Paulo Vinícius Baptista da Silva discute a relação entre identidade, crise e direitos humanos a partir da questão do negro brasileiro e seus enfrentamentos. Já o capítulo “Educação, Relações de Gênero e Exclusão”, de Nilson Fernandes Dinis, aponta alternativas para a resistência ao discurso generalista e excludente da educação sobre assuntos de gênero, sexualidade e identidade.

O capítulo “O Lado Avesso da Inclusão Social: A Intocabilidade dentro da Casta na Índia”, de José Vicente Miranda, aborda o lento processo de superação da exclusão no fenômeno social da casta na Índia.

SERVIÇO:

Lançamento do livro “Educação, Inclusão e Exclusão Social: Contribuições para o Debate” Data – 13 de junho, quarta-feira Horário – 18 horas Local – Beto Batata, Rua Professor Brandão, 678 – Alto da XV

Fonte: ACS